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Homem que matou estudante dentro de ônibus para se vingar de mãe da vítima vai a júri popular

Por Tião Maia, ContilNet

Acusado pelo assassinato do adolescente Adriano Barros Cataiana, de 15 anos, morto no dia 12 de julho de 2023 dentro de um ônibus em Rio Branco, o presidiário Natanael Silva Oliveira, de 28 anos, será levado à júri popular no próximo dia quatro de março. Será o primeiro dia de julgamento de 2024 na Vara da Execuções Penais e Auditoria Militar do Tribunal do Júri Popular de Rio Branco.

O acusado e a vítima/Foto: Reprodução

Natanael Silva Oliveira é réu confesso do crime. O adolescente foi morto por uma espécie de vingança, já que, por algum tempo, Natanael Silva Oliveira fora marido da mãe da vítima por sete meses e, como a mulher queria por fim ao relacionamento, ele decidiu eliminar o garoto, morto dentro de um ônbus que fazia a linha do bairro Tancredo Neves.

Desde o fim do relacionamento, o acusado ameaçava  mulher e até tentou matá-la em uma das vezes. O filho a teria defendido em uma das agressões. Em depoimento, a mãe conta que Natanael mandava mensagens e havia dito que iria mexer com o que mais doía nela, o filho. O nome da mãe do adolescente é preservado pela justiça, mas há informações de que ela será ouvida como testemunha de acusação durante o jugamento.

Além da mãe da vítima, devem depor também dois agentes de polícia que atuaram nas investigações e que conseguiram prender o acusado numa área do Segundo Distrito da cidade, dois dias após ocime.

Na denúncia, assinada pelo promotor Efrain Enrique Mendoza, é lembrada uma das frases da mãe ao chegar no local do crime e ver o filho morto. “Meu Deus, acorda meu filho, por favor meu filho, meu amor”.

Ainda segundo o processo, a mãe contou que sabia que o acusado faz parte de uma facção criminosa. Ele segue preso na Unidade de Recolhimento Provisório (URP). O promotor pede que ele seja julgado por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

“Conforme investigações, foi apurado que o denunciado teria sido por um período de tempo padrasto da vítima, visto que teve um relacionamento com a genitora dele. Todavia, na data da ocorrência do crime o relacionamento já havia terminado. Assim, a motivação para o crime foi deveras torpe, uma vez que se deu em razão de vingança do denunciado pelo fim do relacionamento com a genitora da vítima”, destaca o documento assinado pelo promotor.

Além disso, o promotor anexou fotos de Adriano no dia a dia com a família e trabalhando, ajudando o pai em alguns bicos. Segundo o promotor, o material vai comprovar que o estudante era inocente, um jovem cheio de planos que foram interrompidos pelo acusado.

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