Um idoso procurou uma emergência médica na Austrália com fortes dores no pênis. O paciente, que não foi identificado por razões de privacidade, tinha enfiado três baterias semelhantes às balas tictac na uretra, canal do pênis por onde passa a urina.
O idoso sofria com impotência sexual há três anos e já havia feito inclusive terapias de eletrochoque para recuperar suas ereções.
O homem alegou que tinha o hábito de inserir corpos estranhos na uretra para se masturbar, mas neste caso as baterias entraram mais profundamente no órgão. Desesperado para retirá-las, ele acabou empurrando-as ainda mais profundamente.
Ao chegar ao hospital, o paciente não conseguia urinar e estava com o órgão todo inchado. Além disso, a bateria enfiada por último havia se danificado lá dentro e os médicos temiam o vazamento de elementos corrosivos no corpo do paciente.
“Este é o primeiro caso de inserção de baterias deste tipo na uretra. Sabemos de casos da inserção de uma grande variedade de corpos estranhos como fios, ossos, talheres, alfinetes, termômetros, cotonetes e vermes, mas bateira foi a primeira vez e os traumas de seus produtos químicos são extremamente prejudiciais”, escreveram os médicos em um artigo sobre o caso no na Urology Case Reports, publicado em 10/2.
Homem passou por 2 cirurgias
Os médicos que atenderam o paciente relataram ter tentado retirar as baterias com pinças, mas a dor impediu que o procedimento atingisse seu objetivo. O recurso seguinte foi sedar o idoso e retirar as baterias em uma operação cirúrgica.
Durante a cirurgia, os médicos descobriram que a uretra do paciente estava queimada por conta do vazamento das substâncias corrosivas. Eles cuidaram das queimaduras, prescreveram antibióticos e deram alta para o homem após três dias.
Dez dias depois, o homem retornou ao hospital com novo inchaço no pênis e muita secreção de pus acumulada no órgão, além de dificuldade de retração do prepúcio.
Os médicos drenaram todo o líquido do pênis em uma nova cirurgia e descobriram que 8 cm da uretra havia necrosado, o que obrigou-os a retirar parte do órgão do paciente, com a substituição do canal por um catéter. O tecido ao redor foi raspado para evitar novas infecções.
O homem recebeu alta e os médicos decidiram não fazer enxertos para reconstruir o pênis, já que isso exporia o paciente à risco de vida por ser idoso.