Em Mossoró (RN) para acompanhar as operações de busca pelos dois fugitivos do presídio federal da cidade, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a fuga dos criminosos não afeta a segurança das cinco unidades prisionais federais e afirmou que a captura é uma “dificuldade momentânea”. Segundo ele, trata-se de um problema localizado.
“A minha presença aqui é, antes de mais nada, para mostrar que o governo federal está presente, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está aqui também prestigiando o Estado, prestigiando as autoridades locais para que nós resolvamos esse problema que surgiu, que é um problema que, tenho que dizer, não afeta em hipótese nenhuma a segurança das cinco unidades prisionais federais, mas que é um problema localizado e que será superado em breve com a colaboração de todos”, disse o ministro em declaração à imprensa na manhã deste domingo (18/2), ao lado da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
O titular da pasta desembarcou na cidade para reuniões com chefes das equipes que buscam os fugitivos, que ocorrem na sede da Polícia Federal (PF).
O ministro e a governadora Fátima Bezerra ressaltaram o “entrosamento” entre as forças de segurança federal e local na operação.
A fuga inédita — a primeira ocorrência do tipo nas cinco prisões administradas pelo governo federal — levou o Ministério da Justiça a tomar providências emergenciais. Ainda na noite de quarta-feira, Lewandowski determinou o afastamento imediato da atual direção da penitenciária potiguar.
O ministro nomeou o policial penal federal Carlos Luis Vieira Pires como interventor no presídio, para assumir o comando da unidade. Vieira Pires embarcou para o local, na tarde de quarta, juntamente com o Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia.
A Penitenciária Federal de Mossoró foi inaugurada em julho de 2009 e está situada em uma área rural no Rio Grande do Norte. Atualmente, 68 presos estão no local.