De acordo com o noticiário internacional neste domingo (18), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, momentos antes de deixar a capital Adis Abeba, da Etiópia, disse, numa coletiva de imprensa, que pode ter havido conivência de alguém de dentro da penitenciária federal de Mossoró (RN) no episódio de fuga dos dois detentos acreanos do Comando Vermelho.
Naturais do Acre, Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, fugiram do presídio de segurança máxima na manhã da últlima quarta-feira (14) e neste domingo as buscas a seus paradeiros chegaram ao quinto dia.
O noticiário também informa que os dois fizeram ligações de telefones que roubaram de uma residência próxima ao presídio, em busca de informações sobre chegarem ao Rio de Janeiro. O trabalho da polícia busca evitar que eles cheguem ao Rio.
Enquanto Lula falava à imprensa internacional sobre a fuga inédita num presídio de segurança máxima no Brasil, o ministro da Justiça, Rcardo Lewandowski vajava para Maceió. “A primeira pessoa que disse que estaria fazendo uma sindicância para apurar se houve participação de alguém que trabalhava no presídio foi o ministro Lewandowski”, disse Lula, na Etiópia.
“Estamos à procura dos presos, esperamos encontrá-los, e, obviamente, queremos saber como esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu. Só faltava contratar uma escavadeira. Eu não quero acusar, mas, teoricamente, parece que teve a conivência com alguém do sistema lá dentro. Como eu não posso acusar ninguém, eu sou obrigado a acreditar que uma investigação que está sendo feita pela polícia local e pela Polícia Federal nos indique amanhã ou depois de amanhã o que aconteceu no presídio Mossoró”, afirmou Lula em coletiva de imprensa em Adis Abeba, na Etiópia.
“É a primeira vez que alguém foge de um presídio [de segurança máxima]. Isso significa que pode ter havido um relaxamento, e nós precisamos saber de quem”, completou.
Em Mossoro, o miistro Ricardo Lewandowski foi recebido pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e pelo secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, que está em Mossoró desde quarta-feira (14). O titular da pasta vai se reunir com chefes das equipes que buscam os fugitivos e deverá falar com a imprensa no fim da tarde.
Mais de 300 agentes da PF, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das forças estaduais estão atuando nas buscas pelos fugitivos. Três helicópteros e drones também foram empregados na recaptura. A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar, no âmbito criminal, se pessoas, eventualmente, facilitaram a fuga.