A policial civil Ecilandia Marques, que mostrou em suas redes sociais a situação da delegacia na Cidade do Povo, em Rio Branco, foi ouvida na sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) desta terça-feira (6).
O depoimento da agente foi requerido pelo deputado estadual Emerson Jarude. No plenário, Ecilandia disse que não queria acusar ninguém, porém, se sentiu perseguida pela Polícia Civil. A policial foi encaminhada à Corregedoria do órgão após divulgar as imagens.
“Eu não vim aqui ser contra o governo. O que eu apresentei no vídeo foi um momento de medo. Eu tinha acabado de sair da copa. Foi questão de segundos, por pouco não cai na minha cabeça”, disse.
A agente comentou que após receber a notícia da abertura do processo na Corregedoria, ela sentiu ‘revolta e perseguição por parte da Polícia Civil’: “Querem mascarar a verdade”.
No depoimento, um trecho da fala de Ecilandia gerou um debate entre base e oposição. A agente disse que a Delegacia da Cidade do Povo é conhecida como ‘Delegacia da Punição’.
“Porque é longe, porque é difícil de chegar. Quando eles querem punir alguém mandar para lá ou para outros municípios. Quando me colocaram na Corregedoria, queriam me calar mesmo”, disse.
O deputado estadual Tanizio Sá (MDB), destacou o trecho da fala da agente e fez a defesa da Polícia Civil. “Ali moram 10 mil pessoas. Você se submeteu a um concurso público. Lá o Estado também está presente e precisa de vocês. E para o interior não é punição. É prestar um serviço que você foi submetido”, disse.
A agente foi defendida pelos deputados Emerson Jarude e Michelle Melo.