O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Marcelo Cruz, conseguiu a sua desfiliação sem perda do mandato e já se filiou a uma nova sigla. Eleito pelo Patriota em 2022, Marcelo Cruz viu a sua sigla se juntar com o PTB e formar o Partido da Renovação Democrática (PRD), mas não conseguiu o comando da nova legenda, que ficou a cargo do ex-deputado federal Nilton Capixaba, aquele da Operação Sanguessuga, que investigou desvio de recursos de emendas parlamentares para compra de ambulâncias.
A nova legenda de Marcelo Cruz, com a qual ele pretende disputar o governo municipal de Porto Velho agora é o Solidariedade (77), que é presidido no estado pela sua irmã, Mirlene Cruz da Silva.
A desfiliação de Marcelo Cruz do PRD, sem a perda do mandato de deputado estadual, foi autorizada pela direção nacional do partido e assinada na manhã desta quinta-feira, 22, pelo presidente nacional da sigla, Ovasco Roma Altimari Resende e pelo Secretário Jurídico Nacional do partido, Rodolpho Garcia Maldonado.
Farpas e distanciamento
Desde a fusão do Patriota com o PTB, Marcelo Cruz e Nilton Capixaba disputavam o comando do partido no estado, até que, na semana passada, a executiva nacional optou pelo ex-deputado federal como líder regional do PRD. Sabendo que não teria voz ativa na sigla e que dificilmente o partido lhe daria a vaga para disputar a prefeitura de Porto Velho, Marcelo Cruz buscou a executiva nacional do PRD e, de forma amistosa, conseguiu a desfiliação.
Marcelo estava ciente de que, mesmo que conseguisse a vaga para a disputa eleitoral, seria difícil explicar uma aproximação com o ex-deputado condenado por desvio de recursos públicos de emenda parlamentar, destinados à compra de ambulâncias para o município de Cerejeiras, interior do estado.