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Rio Branco ainda pode enfrentar alagação e cenário pode mudar a qualquer momento, diz Defesa Civil

Por Maria Fernanda Arival, ContilNet

O período do inverno amazônico é, geralmente, marcado pelas cheias dos rios e por alagações em diversos bairros de cidades como Rio Branco. Apesar da chuva já ter atingido 70% do esperado para o mês de fevereiro, o Rio Acre segue abaixo da cota de atenção, que é de 10 metros, mas para a Defesa Civil Municipal, esses dados não alteram a preocupação com uma possível enchente.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, a alagação ainda é uma possibilidade em Rio Branco. “Sempre há uma possibilidade, o rio está um pouco abaixo da média para este período, mas a gente nunca pode descartar a possibilidade de termos uma inundação”, disse ao ContilNet.

A enchente atingiu diversos bairros/Foto: Juan Diaz/Contilnet

De acordo com o coronel, o cenário pode mudar rapidamente. “Nas últimas 48 horas, só em Rio Branco, o Rio Acre subiu quase 2 metros e, em Assis Brasil, o nível do rio aumentou mais de 4 metros”, explicou.

O coronel também falou que o Acre ainda passa pelo fenômeno El Niño, que faz com que todas as ocorrências climáticas sejam mais fortes. “Esse fenômeno vai até abril e por isso a gente não descarta a possibilidade de inundações. Todas as providências que a gente pode tomar com relação a uma possível alagação, nós estamos tomando”, afirmou.

Enchente em Rio Branco/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Questionado sobre a hipótese de Rio Branco enfrentar uma enchente em 2024, o coronel respondeu que, caso aconteça, espera que seja mais branda que no ano anterior.

“A hipótese que nós trabalhamos é que ela seja entre 15 a 16 metros, entre uma média a grande enchente. Essa é a expectativa. Ano passado nós chegamos a 17,72, foi o maior nível desde 2015, sendo a segunda maior enchente em relação a nível”, completou o coordenador da Defesa Civil.

Em 2023, segundo os dados do Corpo de Bombeiros, 90 bairros foram atingidos e mais de 3 mil pessoas ficaram desabrigadas e mais de 1 mil ficaram desalojadas em Rio Branco.

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