Juliana Paes virou um dos assuntos mais comentados nesta terça-feira (6/2), após aparecer “mais velha” na estreia da segunda fase de Renascer. O remake da novela, que foi ao ar pela primeira vez em 1993, teve uma passagem de 30 anos Jacutinga, personagem da atriz, foi a única que seguiu sendo interpretada pela mesma artista dos primeiros capítulos.
Os responsáveis pela caracterização de Paes na dona do bordel da cidade na novela das 21h da TV Globo, Auri Mota e Vinicius Vaitsmann, explicaram como é feito o “efeito especial” que deixou a mocinha com 70 anos na trama.
“A Jacutinga é uma personagem marcante, principalmente pelo discurso empoderamento feminino. Inicialmente pensamos, como é uma mulher próximo aos quarenta sem os procedimentos estéticos?”, disse Auri para a Isto é Gente. O profissional continuou explicando: “Ela, diferente dos outros personagens, é uma mulher que vive na noite, bebe, fuma, abdica de seu tempo a cuidar e dar amor a quem a procura. Isso tudo somado”.
Os especialistas, que usaram látex, silicone, bondo – um material acrílico para maquiagem –, paleta de detalhamento ativada a álcool, primer, hidratante e airbrush – um tipo de aerógrafo –, pontuaram os detalhes de como realizaram a façanha.
“O envelhecimento foi todo feito com transfer [próteses] e com um produto chamado Old Age, que mexe na textura da pele. Você vai aplicando camadas sobre camadas e ele vai mudando a textura da pele. Um trabalho de 3 a 4 horas, realizado a seis e, em alguns momentos, oito mãos”, seguiu Vinicius lembrando que para retirar a make é preciso 2 horas.
Vaitsmann prosseguiu falando que, ao todo, foram usadas seis próteses: “Depois, a gente começa a entrar com esse produto que faz camadas e vai mudando a textura da pele. Com ele aplicado em todas as partes, aplicamos as próteses de transfer e damos acabamento. Depois fazemos toda a parte de pintura, as manchas senis e o cabelo, pelos, sobrancelha, cílios… Tudo o que precisa para trazer esse envelhecimento da forma mais crível e mais real possível”.
Mota ainda destacou o profissionalismo de Juliana. “O mais importante no processo são as condições de trabalho. São horas sentada, puxa, estica, solta. Se o ambiente não estiver com um clima agradável e fresco, nada feito, trabalho todo a perder, pois a produção ainda precisa durar uma jornada de 9 a 11 horas de gravações. Neste caso, a Juliana é muito maravilhosa, parceira demais em tudo!”, reforçou.
A dupla observando que é necessário ter muito cuidado e calma durante o período em que a caracterização é feita. “Se ocorre um erro, é zerar e começar tudo novamente. Então a concentração é algo muito importante”, encerrou Auri Mota.