ContilNet Notícias

Ulysses repudia fala de Lula e assina pedido de impeachment

Por Redação ContilNet

De acordo com o deputado do Acre, Lula envergonha mais uma vez o Brasil em nível internacional, “pois sua fala, além de demonstrar sua falta de capacidade intelectual, de conhecimento histórico e de relações internacionais”, configura um “ataque aviltante, repugnante, antissemita e de ódio ao povo judeu”.

Em um tom de indignação, o deputado Coronel Ulysses (União/AC) repudiou a fala de Lula sobre Israel, e também assinou o pedido de impeachment do presidente. O pedido é assinado por 77 deputados federais de oposição e deverá ser protocolado nesta terça-feira (20) na Câmara. O pedido é uma reação às declarações de Lula sobre o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que, em 7 de outubro do ano passado perpetrou uma série de ataques ao território israelense, deixando centenas de mortes e milhares de feridos.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula aos jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou como convidado da cúpula anual da União Africana.

– Lula envergonha mais uma vez o Brasil em nível internacional. Sua fala demonstra falta de capacidade intelectual, de conhecimento histórico e de relações internacionais, avalia Ulysses. Para Ulysses, as declarações configuram um “ataque aviltante, repugnante, antissemita e de ódio ao povo judeu”.  O deputado também hipotecou solidariedade à comunidade judaica no Brasil e ao governo do Estado de Israel.

Para Ulysses, “é um absurdo ele [Lula] comparar o direito de defesa de Israel contra o grupo terrorista Hamas ao Holocausto [no qual o sanguinário alemão Adolf Hitler assassinou 6 milhões de judeus]”. Ainda segundo o deputado, Lula errou, de forma grave, ao relativizar o massacre do povo judeu.  A fala estremece uma relação já delicada com Tel-Aviv e coloca o Brasil em uma posição ainda mais distante da mediação do conflito.

Lula cruzou a linha vermelha com sua fala

As declarações foram imediatamente repudiadas pelo primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, que afirmou que Lula “atravessou uma linha vermelha”. Lula foi considerado persona non grata pelo governo de Israel.

Para além do premiê israelense, a fala de Lula foi duramente criticada por entidades judaicas do Brasil e do mundo por usar genocídio contra judeus em uma crítica contra um país em que 75% da população é judaica.

Ainda na avaliação de Coronel Ulysses, o presidente ao tomar partido no conflito Israel-Hamas faz uma aposta arriscada. Governos americano e de países da Europa poderão se alinhar a Israel e isolarem o Brasil de discussões políticas importantes não só sobre a atual guerra, mas sobre grandes questões globais.

Sobre o pedido de impeachment, Ulysses diz que esse é o remédio legal diante das afirmações [de Lula] porque expõem o Brasil “ao perigo de guerra” e configuram crime de responsabilidade. Para que o processo de impeachment comece a tramitar, é necessário o aval do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que atualmente é aliado do petista.

Sair da versão mobile