Acre busca se tornar elo estratégico entre Ásia e Brasil por meio de parcerias comerciais

Pauta estratégica é sobre a possibilidade de avanço econômico e desenvolvimento do Acre por meio do Corredor Interoceânico

O governador Gladson Cameli se reuniu no Palácio Rio Branco, na manhã desta segunda-feira (25), juntamente ao titular da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre (Seict), Assurbanipal Mesquita, e também ao presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Luiz Gonzaga, para tratar de uma pauta estratégica sobre a possibilidade de avanço econômico e de desenvolvimento do Acre por meio do Corredor Interoceânico.

Um dos pontos-chave dessa estratégia é a Zona de Processamento de Exportações do Acre/Foto: Diego Gurgel/Secom

Em uma busca por consolidar sua posição como um ponto estratégico para o comércio entre a Ásia e o Brasil, o governo do Acre está trabalhando em uma série de iniciativas para se conectar diretamente com portos para o Pacífico e fortalecer suas capacidades de importação e exportação.

“Estamos inseridos nesse protagonismo. O que precisamos é otimizar essas agendas, cobrar a participação efetiva [do estado] e toda uma estrutura, especialmente na parte alfandegária, na fronteira, junto ao governo federal. Estamos propondo duas grandes agendas, às quais estou me dispondo a acompanhar de perto. Com essa união entre iniciativa privada, governo do Estado, Assembleia Legislativa e os governos dos países vizinhos, como Pando, na Bolívia, e Peru, além da China e [do Estado] de Rondônia, devemos avançar e pressionar o governo federal, pois há situações que dependem dele”, destacou o governador.

O Acre está se preparando para se tornar uma porta de entrada e saída de produtos entre os dois continentes. Com a construção de um porto, próximo à cidade de Lima, no Peru, previsto para ser inaugurado no final do ano, o estado se prepara para receber uma importante rota de chegada, tornando-se uma peça fundamental no comércio internacional.

Segundo Assurbanípal Mesquita, um dos pontos-chave dessa estratégia é a Zona de Processamento de Exportações do Acre, já pronta e documentada, que oferece terrenos disponíveis para empreendedores interessados em importar produtos da Ásia para o Brasil. Este foco, tanto em exportação quanto em importação, destaca o grande potencial econômico que o estado possui.

“Nossa infraestrutura está pronta, e há um concurso em andamento no Ministério da Agricultura, prevendo a contratação de novos servidores. Além disso, a retomada do anel viário de Brasileia é uma interligação importante, e já observamos iniciativas empresariais com empresários realizando negócios. Estamos acompanhando de perto esse progresso”, reforçou Mesquita.

Para construir essa compreensão e fortalecer parcerias comerciais, o Acre está implementando uma agenda abrangente de encontros e eventos, como o encontro planejado com governadores de estados vizinhos e representantes do Peru, com o objetivo de fortalecer as relações comerciais entre as regiões, e também uma visita à China, onde representantes do Acre se encontrarão com a diretoria da empresa responsável pela construção do porto no Peru.

Essa parceria promete impulsionar ainda mais as atividades comerciais, beneficiando não apenas o estado, mas  todo o Brasil. O presidente da Aleac completa: “O papel da Assembleia é apoiar, especialmente porque nós, parlamentares, estamos muito próximos da realidade da nossa sociedade, principalmente dos jovens, que se formam e buscam emprego, mas não encontram no mercado. Portanto, temos que trabalhar para resolver esse problema. Uma das soluções é o Corredor Interoceânico, que não apenas aumentará a produção no estado, mas também facilitará o comércio entre os países envolvidos, como o Brasil, o Peru e a Bolívia”.

A culminação desse esforço será a inauguração do porto no Peru, com a presença prevista do presidente da China e de outras autoridades de destaque, dando ao Acre a chance de se tornar um importante centro comercial internacional.

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