O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, afirmou, nesta sexta-feira (1º/3), que trabalha por um cessar-fogo entre Israel e o Hamas para poder ampliar a ajuda humanitária na Faixa de Gaza. O líder norte-americano destacou ainda que o país levará comida por vias aéreas até o território afetado.
“Pessoas inocentes foram pegas em uma guerra terrível, incapazes de alimentar suas famílias, e você viu a resposta quando tentaram obter ajuda. Precisamos fazer mais”, disse Biden durante pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca.
Ele se referiu à morte de mais de 100 palestinos na quinta-feira (29/2), durante a chegada de um comboio de ajuda humanitária, quando uma multidão avançou sobre os caminhões e militares israelenses abriram fogo. Israel nega que os disparos tenham mirado as pessoas e alega que tentava dispersar a confusão.
“Nesta manhã, caminhões de ajuda humanitária entraram no norte de Gaza. Os residentes cercaram os caminhões e saquearam os mantimentos entregues. Como resultado de empurrões, correria e atropelamentos dos caminhões, dezenas de habitantes de Gaza foram mortos e feridos”, alegaram os militares de Israel.
O Hamas, porém, acusa os israelenses de terem atirado contra a multidão.
“Os Estados Unidos vão se unir aos nossos amigos da Jordânia e outros para fornecer lançamentos aéreos de suprimentos para Gaza e buscar abrir outras vias de ajuda humanitária, incluindo a possibilidade de um corredor marítimo”, reforçou o presidente dos EUA.
De acordo com Biden, a ajuda humanitária que chega atualmente em Gaza não é o suficiente para atender as necessidades das pessoas.
Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o atendimento de palestinos, a UNRWA, cerca de 25% dos poços de águas do território foram destruídos por bombardeios, e o abastecimento de água está 7% menor do que o registrado antes do conflito.
A tensão na Faixa de Gaza se intensificou depois que membros do Hamas invadiram o território de Israel e mataram mais de 1,2 mil pessoas e fizeram outras 240 como reféns, em 7 de outubro de 2023.
O governo de Israel, desde então, tem intensificado os ataques aéreos e terrestres contra o território com o argumento de eliminação total do Hamas.