A Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) apresentou, nesta segunda-feira (4), o Relatório Prévio de Enchentes ao diretor de Financiamento, Proteção e Apoio à Inclusão Produtiva Familiar da Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA, José Henrique, que representou o ministro Paulo Teixeira.
José Henrique veio com a caravana ministerial, que veio ao Acre fazer uma visita aos municípios de Brasiléia e Rio Branco, que sofrem com as cheias do Rio Acre.
Segundo o relatório, até a última atualização, 8.770 mil produtores já foram atingidos pelas cheias dos rios no Acre. Em condições extremas no Alto Acre, Assis Brasil teve 180 produtores foram afetados, Brasiléia foram 400 atingidos, já em condições de alerta, estão os municípios de Epitaciolândia e Xapuri, com 260 atingidos em cada cidade.
Na região do Baixo Acre, em condições de alerta estão os municípios de Capixaba e Senador Guiomard, com 130 e 160 atingidos em cada, respectivamente e em Porto Acre, foram 300 atingidos e a cidade está com alerta crítico. Já na região Purus, 50 produtores foram atingidos e a cidade está em condições de alerta. Já em Sena Madureira e Santa Rosa do Purus, em condições críticas, foram atingidos 400 e 300 produtores, respectivamente.
Já na região Tarauacá e Envira, nas cidades de Tarauacá e Jordão, as cidades estão em condições extremas, com 60 e 300 atingidos, respectivamente. Já em Feijó, a condição está crítica, com 220 produtores atingidos. No Juruá, as cidades de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo estão com condições em alerta, sendo 500, 400, 50, 120 e 300 produtores atingidos em cada cidade, respectivamente.
Durante a apresentação do relatório prévio de impactos das cheias na agricultura do Acre, o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) no Acre, Cesário Braga, apresentou a proposta de atuação do órgão no auxílio aos agricultores familiares afetados pelas chuvas e cheias de rios no estado.
Segundo Cesário, estão sendo trabalhadas cinco linhas de atuação na tentativa de minimizar o impacto da cheia na agricultura familiar. “Primeiro é a liberação dos recursos do PAA, como foi dito, já foi liberado R$ 1,8 milhão e nós estamos atrás da liberação dos R$ 4 milhões. O segundo é que nós estamos tentando pensar em uma estratégia a partir do ADA, que é a Ação e Distribuição de Alimento, que a gente possa distribuir alimento para as famílias que foram atingido pelas cheias da agricultura familiar que normalmente ficam excluídas desse recurso que vem e termina atingindo mais a parte urbana”, explicou.
Cesário seguiu explicando as linhas de atuação, como a renegociação do dinheiro do PRONAF para as famílias que foram atingidas pelas cheia, além de discutir sobre a criação de um crédito especial para poder trabalhar com essas famílias que foram atingidas pela cheia, para que elas possam começar uma nova produção. “Por fim, nós estamos solicitando também que a gente faça um arranjo institucional entre o Governo do Estado e o Governo Federal para que a gente possa levar o PRONAF A e o PRONAF B, que são duas linhas de crédito específicas para produtores de baixa renda, o PRONAF B ligado ao microcrédito e o PRONAF A para a área de assentamento, para que também seja uma alternativa de recomposição da produção”, diz.