Os números de gravidez precoce no Brasil vêm caindo, no período entre 2010 e 2022, é o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados coletados pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, usados na elaboração do relatório, o número de gestações entre crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos caiu em 42,9%.
Apesar dos dados positivos na média nacional, três microrregiões do Acre aparecem na lista dos locais com mais partos entre crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, sendo elas Tarauacá (2º), Brasiléia (7º) e Sena Madureira (9º).
A região Norte como um todo aparece oito vezes no ranking entre as piores do país, com Amapá, Amazonas e Roraima também aparecendo entre os dez locais com mais partos nesta faixa etária. Além disso, o grupo conta com o maior número de casos, sendo responsável por 19,7% deles.
A média nortista é de 4,72 gestações por mil meninas entre 10 e 14 anos, mais que o dobro dos números nacionais, que marcam 2,14, e a situação se mostra ainda pior, quando comparados com a média global, de 1,54. Os dados da região são comparados com países da África Subsaariana.
A única microrregião que não está situada no Norte ou Nordeste e compõem as dez posições do ranking é Água Boa, no Mato Grosso, estando em terceiro lugar. Apenas dois estados tiveram aumento nos números percentuais, sendo eles o Amazonas e Maranhão.
Entre os locais com índices mais baixos estão o Distrito Federal, com menos de uma gestação a cada mil garotas nessa faixa etária, sendo a unidade federativa com melhores indicativos nesta estatística, seguido pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Das 510 divisões existentes no país, 331 delas apresentam dados acima da média global.
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