As águas do Rio Acre começaram a vazar nesta semana e já deixa estragos por toda capital. No Calçadão da Gameleira, por exemplo, um dos locais atingidos pela 2ª maior enchente da história de Rio Branco, o cenário é de muita lama e locais destruídos.
O Calçadão da Gameleira é um centro comercial importante da cidade. Aos poucos, os pequenos comerciantes iniciam a volta aos locais e se deparam com uma das fases mais difíceis do pós-alagação: a limpeza e a visão do estrago causado pelas águas do rio.
Com um ponto comercial há quase 20 anos no Calçadão, Atabyrio Lima, com a ajuda de um funcionário, limpava a lama do chão da distribuidora e bar que é proprietário. Ao ContilNet, ele desabafou sobre como é enfrentar mais uma alagação.
“Aqui a gente fica enxugando gelo. Além de ter que pagar um IPTU altíssimo, porque estamos em um patrimônio histórico tombado, a gente ainda deixa de vender durante a alagação”, disse.
Antes mesmo da água entrar no estabelecimento, uma semana antes, Atabyrio precisou subir todos os equipamentos e fechar as portas do bar, o que aumentou o prejuízo. “Quanto mais tempo fechado, mais a gente deixa de vender”.
Decepcionado, o empresário conclui dizendo que os planos para o futuro, por conta das sucessivas enchentes, já pode estar definido.
“Meu projeto é se encontrar a venda disso aqui é vender. Estou com o ponto aqui para não desalugar”, desabafou.