Processo que visa o afastamento do deputado federal Luciano Bivar (PE) da presidência nacional do União Brasil foi aberto em Brasília nesta quarta-feira (13). Deputados federais, senadores, ministros e governadores filiados ao Partido se reuniram e votaram a favor do afastamento do antigo dirigente, suspeito de ameaças de morte e de atear fogo em casas litorâneas do presidente eleito da sigla, advogado Antônio Rueda.
O processo contra Bivar foi aberto com pelo menos quatro votos de acreanos que fazem parte da executiva nacional da sigla, os senadores Alan Rick e Marcio Bittar e os deputados federais Coronel Ulysses e Fábio Rueda. Foram 17 votos a favor do recebimento da denuncia contra Bivar e 15: ausências.
Agora, o deputado de quase 80 anos de idade terá 72 horas a partir do recebimento da representação para se manifestar, antes de ser anunciada a decisão cautelar do Partido.
Um dos participantes da reunião, o senador Efrahim Filho (PB), disse que o encontro visava “analisar o cenário e avaliar as provas que porventura sejam trazidas”, para análise da “grave conduta” e “qual penalidade pode ser amanhã imposta”. Os membros da sigla deliberaram sobre uma representação que pede o afastamento cautelar de Bivar, com “expulsão e cancelamento de filiação contra o presidente do Partido”.
De acordo com as denuncias, Bivar é acusado de ameaças de morte contra Antonio Rueda e familiares, que inclui o médico Fábio Rueda, atualmente exercendo mandato de deputado federal pelo Acre. “Há fortes indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas”, diz a denuncia em referência às propriedades litorâneas dos irmãos Rueda, no Recife.
A representação também pede a entrada da Polícia Federal nas investigações sobre os incêndios às casas da família Rueda. O União Brasil tem 58 deputados e 7 senadores, que corroboram os pedidos da ação da Polícia Federal no caso.