A capital Rio Branco registrou a segunda maior enchente do Rio Acre em 2024, quando o rio ultrapassou a cota de 17,72 e chegou a 17,89 metros. Com a vazante do Rio Acre no início de março, a Defesa Civil passou a monitorar pontos de erosão e deslizamento de terra em Rio Branco.
Um dos pontos de erosão é o Calçadão da Gameleira, que vem sendo observado e estudado pelo órgão para uma possível interdição por causa das rachaduras apresentadas no calçadão, um dos pontos turísticos da capital acreana.
SAIBA MAIS: Após enchente, Calçadão da Gameleira pode ser interditado outra vez por conta de rachadura; entenda
No ano passado, o calçadão já havia passado por manutenção. A Secretaria Estadual de Obras Públicas (Seop) disse na época que mantinha os trabalhos preventivos para conter a erosão no local, detectada após a vazante do Rio Acre.
Durante a enchente de 2024, o local havia sido interditado por causa do aumento do nível do Rio Acre, que cobriram parte do Calçadão da Gameleira.
Deslizamentos de terra
No dia 14 de março, duas casas e uma oficina desabaram em um trecho de uma rua no bairro Cidade Nova, no Segundo Distrito de Rio Branco por causa da baixa do Rio Acre. Além das casas, quatro carros foram levados pelas águas. De acordo com a Defesa Civil, não houve feridos, mas há risco que outras casas desabem.
VEJA MAIS: VÍDEO: casal de idosos sai às pressas de casa segundos antes de erosão; “Vimos tudo caindo”
Além das casas que foram evacuadas, o Calçadão da Rua Raimundo Escócio, no Centro de Rio Branco, também será interditado para impedir que pedestres circulem, pois as áreas apresentam movimentação de solo, segundo o coordenador da Defesa Civil.
“São pontos que já eram catalogados. Com a alagação, voltou a movimentar, e vamos pedir a interdição e isolamento, porque está aumentando a fissura. Como tem outros pontos também, tanto no lado do Primeiro Distrito, e também outros da 6 de Agosto, e outros pontos. Então, tem muita coisa para ser vista”, disse ao g1.
Outros pontos que apresentaram riscos após a enchente também seguem sendo monitorados pelo órgão, como no bairro Montanhês e Novo Horizonte, que estão sendo analisados para verificar se são acidentes geológicos ou situação com risco maior de deslizamento de terra.
O Calçadão Raimundo Escócio já havia sido interditado para reparos após enchente em outros anos.