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Ex-empresário de Joelma se manifesta após liberação de passaporte

Por Metrópoles

A defesa do ex-empresário de Joelma se manifestou após uma decisão da Justiça que suspendeu o despacho que havia bloqueado o passaporte da cantora, por considerar a medida “extrema, desproporcional e desnecessária”. À coluna Fábia Oliveira, os advogados José Bernardo Oliveira (OAB/PE 36.089) e Maria Moura (OAB/PE 16.174) afirmaram discordar da situação.

Joelma e a empresa que mantinha com o ex-marido, Ximbinha, foram condenadas ao pagamento de mais de R$ 1 milhão a um ex-empresário da banda Calypso.

Segundo os advogados, a cantora teve a oportunidade de honrar com a dívida por diversas vezes, mas nunca procurou as partes para resolver o caso.

“Os advogados do autor, ora exequente, com devido respeito, discordam da decisão monocrática proferida pela Exma. Desembargadora Dra. Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino, haja vista que a sra. Joelma por diversas vezes teve a oportunidade de honrar com a dívida e em nenhum momento procurou a parte credora ou seus patronos”, disseram à coluna.

A defesa do ex-empresário continuou: “Inclusive, é notória a vida abonada da atual devedora, sendo incompatível com um uma pessoa que tem um débito trabalhista alimentar para quitar e não o faz. Basta uma simples pesquisa na internet e nos meios de comunicação para atestar a informação da vida da Sra. Joelma”.

Por fim, os advogados informaram que o cliente está disposto a ouvir sobre uma proposta de acordo de Joelma.

“Valendo ressaltar que o cachê de uma artista desse quilate não é insignificante, como também, anteriormente a apreensão do passaporte, houve a tentativa de encontrar bens no nome da sra. Joelma, restando-a infrutífera. Entretanto, pela melhor solução da lide, o nosso cliente está disposto a escutar uma possível proposta de acordo, por parte da sra. Joelma. Enquanto isso, tomaremos as medidas cabíveis ao prosseguimento da execução”, encerrou.

Entenda o caso envolvendo Joelma

Joelma está respondendo na Justiça uma ação trabalhista contra um ex-empresário, que envolve uma indenização de R$ 1,2 milhão.

Recentemente, o juiz Gustavo Augusto Pires de Oliveira, da 11ª Vara do Trabalho do Recife, decidiu que a paraense pudesse ter o passaporte suspenso, já que em seu nome, só foram encontrados imóveis com pendências judiciais.

Segundo o magistrado, houve “manifesto intuito de obstaculizar os meios executórios impostos, escondendo-se do Poder Judiciário ao tempo em que segue ostentando padrão elevado de vida decorrente da sua fama”.

A decisão ainda acusa a artista de usar uma empresa em nome de uma das filhas, para ocultar o dinheiro dos cachês recebidos, que, em média, varia entre R$ 250 mil e R$ 450 mil por show.

Gustavo Augusto alegou que a ordem foi baseada numa possível atitude de esconder os valores do patrimônio: “Não se concebe que uma artista de renome e carreira consolidada, que teve uma de suas músicas viralizada em todas as plataformas esse ano, participou de programas de grande audiência da Rede Globo e tem agenda de shows no Brasil e no exterior, não vem recebendo quantia expressiva nesse momento de apogeu. Há clara ocultação de bens aqui”.

A Justiça Trabalhista de Pernambuco ainda conseguiu bloquear os ordenados de uma apresentação que Joelma faria em Caruaru, no agreste pernambucano. No entanto, os recursos passavam do valor necessário para cobrir a dívida trabalhista.

Na noite da última quinta-feira (21/3), no entanto, Joelma teve uma vitória na ação e teve a decisão da apreensão do passaporte suspensa. Segundo o colunista Ricardo Antunes, a decisão foi assinada pela desembargadora Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região.A ex-vocalista do Calypso é representada pelo escritório Urbano Vitalino Advogados, que enviou uma nota esclarecendo o caso para Hugo Gloss.

“Diante dos recentes acontecimentos envolvendo o nome da renomada cantora Joelma Mendes, o Urbano Vitalino Advogados, escritório que a representa, vem a público esclarecer importantes aspectos no que diz respeito à restrição judicial de seu passaporte devido a dívidas trabalhistas. Desde logo, informamos que, em menos de 48 horas, a referida decisão que restringia judicialmente o direito de ir e vir de Joelma Mendes foi revertida após comprovação cabal de que tais débitos não têm relação direta com a artista”, começou o comunicado.

E continuou: “A dívida em questão remonta a um período da carreira da banda em que Joelma não exercia qualquer controle sobre a administração financeira. Joelma lamenta profundamente a existência dessas dívidas, oriundas de uma gestão inadequada durante uma fase de sua carreira que preferiria esquecer”, afirmou o texto.

Os representantes legais da artistas seguiram com as explicações: “No entanto, ela está tomando todas as medidas necessárias para resolver essa situação de maneira justa e eficaz. Está empenhada em negociar e saldar todas as dívidas da administração anterior, isentando-se de qualquer responsabilidade, mesmo que solidária, e responsabilizando os verdadeiros responsáveis por tais pendências”.

E finalizaram: “Apesar dos contratempos, Joelma expressa sua gratidão pelo apoio inabalável de seus fãs e pela confiança em sua nova assessoria jurídica. Segue tranquila e feliz, focada em sua carreira e no bem-estar de sua equipe e admiradores. Agradecemos a compreensão e o respeito neste momento”.

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