O Brasil está no páreo para receber a Copa do Mundo Feminina em 2027. A Fifa confirmou os candidatos a país-sede em reunião do Conselho da entidade nesta quinta-feira.
Há outros dois concorrentes na disputa. A decisão será conhecida no 74º Congresso da Fifa, que acontecerá de 13 a 17 de maio, em Bangkok, na Tailândia.
Um dos adversários do Brasil é uma candidatura conjunta de Bélgica, Alemanha e Holanda. A outra reúne México e Estados Unidos.
Os dois países da América do Norte, junto do Canadá, já serão sede da Copa do Mundo 2026. O anúncio ocorrerá no último dia de congresso.
Em fevereiro, uma delegação da Fifa fez uma visita de inspeção ao Brasil. Os representantes da entidade estiveram no Rio, em Brasília, Brasília, Salvador e Recife.O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, compõe o Conselho da Fifa e participou da reunião desta quinta-feira.
“A Copa do Mundo tem um papel estratégico no desenvolvimento do futebol feminino no nosso país. Já cumprimos o caderno de encargos.
Estamos agora trabalhando duro e pedindo voto aos eleitores”, disse o dirigente. Cada uma das 211 associações nacionais de futebol filiadas à Fifa terá um voto, que se torna público ao fim da votação.
Um dos pontos a favor do Brasil é nunca ter sediado a edição feminina do Mundial. Alemanha, em 2011, e Estados Unidos, em 1999 e 2003, já foram países-sedes.
Os estádios “padrão Fifa” também são qualidades positivas para a candidatura. A Copa do Mundo Feminina 2023, na Austrália e Nova Zelândia, foi a edição com maior audiência e chegou a bater o recorde da Olimpíada de Sidney, de 2000. O torneio também foi a maior edição, com 32 seleções.
O Conselho tratou de outras pautas que serão debatidas no Congresso, em maio. Foi apresentado o Relatório Anual 2023, que indicou um investimento recorde no desenvolvimento do futebol, com montante de US$ 2,25 bilhões (R$ 11,23 bilhões) destinados a todo o ciclo 2023-2026.
Isso significa um aumento de quase sete vezes na comparação com os programas de desenvolvimento em vigor antes de 2016.
O 74º Congresso também vai debater o racismo no futebol e como a Fifa pode tomar medidas para combater casos que repercutem em todo o mundo. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, já declarou que é favorável à interrupção de jogos diante de casos e racismo.
Outra pauta é a expansão da Copa do Mundo Sub-17, com 48 seleções. A frequência do torneio passará a ser anual e não mais a cada dois anos.
A próxima edição será em 2025, no Catar. Na edição feminina sub-17, o número de seleções será 24. A próxima edição também é no próximo ano, com sede no Marrocos.