IDAF identifica primeiro foco de monilíase em zona rural de Cruzeiro do Sul; entenda

A poda sanitária interrompe temporariamente o ciclo de produção da planta, levando à morte natural do fungo ao impedir a frutificação

A equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) identificou o fungo da monilíase em uma área rural de Cruzeiro do Sul. De acordo com as informações obtidas neste sábado (23), o foco está no pólo agroflorestal do município, aproximadamente a 30 km do centro da cidade, na região da B364.

Cacau afetado pela monilíase/Foto: Reprodução

Esta descoberta ressalta a importância de intensificar as medidas de controle, especialmente por meio da implementação da poda sanitária, uma técnica eficaz que priva o fungo de sua fonte de alimentação, que é o fruto do cacaueiro.

Altemar Pereira Lima, técnico do IDAF, informou que mais de 40 mil frutos foram coletados e descartados em aterros sanitários e mais de 11 mil árvores foram podadas como parte das medidas preventivas.

A área rural onde o foco foi detectado foi isolada para prevenir o contato dos moradores locais ou animais com os esporos, os quais podem ser transportados através de roupas ou mesmo pelo vento.

No Acre, a Monilíase foi detectada em 2021 nas cidades de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.

O que é a Monilíase?

Doença causada pelo fungo Monliliophthora roreri que atinge frutos de cacau, cupuaçu, cacauí e cupuí.

Afeta o ser humano?

Não. Mas pode causar perdas de até 100% da produção.

Quando ocorre?

Em todas as fases de desenvolvimento do fruto.

Quais os sintomas?

Inicialmente, deformações e manchas amarelas ou verdes no fruto. Após 45 a 90 dias, aparecem manchas necróticas (marrom-escuro).

Sintoma principal?

Um pó branco (esporos) que se soltam facilmente.

PUBLICIDADE