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Insucesso nas operações para a recaptura de fugitivos acreanos leva Governo Federal a transferir presos

Por Tião Maia, do ContilNet

Diante do insucesso nas operações para a recaptura dos fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN), Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, em mais de um mês de buscas e muitos gastos de recursos públicos em equipamentos pesados como veículos, heliicópteros e aviões, além de pagamentos de diárias para pelo menos 600 homens, o Ministério da Justiça tomou uma medida drástica: transferir outros 14 presos da penitenciária para os outros quatro presídios federais do país.

Os quatro presídios estão espalhados por Brasília (DF), Catamduvas (PR),  um Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS) e entre os presos transferidos estão acreanos dos 12 restantes e originários do presídio “Antonio Amaro”, em Rio Branco, que continuam sob o regime.

Os detentos Deibson Cabral Nascimento (à esquerda) e Rogério da Silva Mendonça fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN)/Foto: Reprodução

Em setembro de 2023, dois meses após uma rebelião no presídio de segurança máxima do Acre que resultou na morte de outros cinco detentos, três deles decapitados, além de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, outros 12 presos do Acre, apontados como líderes da facção Comando Vermelho (CV) e que chefiaram a rebelião, foram transferidos para Mossoró. Do grupo, em 14 de fevereiro deste ano, dois do grupo de 14 presos, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, conseguiram escapar numa fuga inédita do sistema de presídios federais desde que este tipo de regime prisional foi criado no país, em 2006. 

Ministro da Justiça/Reprodução

A transferência dos presos de Mossoró para outros presídio vem sendo feita pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública neste final de semana, iniciada entre sexta-feira e sábado (13 e 14), De acordo com o Ministério da Justiça, esta é uma prática rotineira e o destino dos presos não é informado por questões de segurança. 

O objetivo das transferências, de acordo com o ministério, é “garantir o enfraquecimento dos líderes do crime organizado”. “O remanejamento de presos no âmbito do Sistema Penitenciário Federal é medida importante para seu perfeito funcionamento, pois visa impedir articulações das organizações criminosas dentro dos estabelecimentos, além de dificultar e enfraquecer possíveis vínculos nas regiões onde se encontram as Penitenciárias Federais”, informa a nota do Ministério da Justiça.

A primeira remanejou 23 presos, entre eles Fernandinho Beira-Mar, em 2 de março. Outro detento foi transferido na última quarta-feira (13).

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