O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fez, nesta terça-feira, um pronunciamento com informações do caso Marielle Franco.
No anúncio, o ministro disse que que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu no duplo homicídio da vereadora e do motorista Anderson Gomes.
— Nós sabemos que esta colaboração é um meio de obtenção de prova e traz elementos importantíssimos que nos leva a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Mariele Franco — disse o ministro da Justiça.
Saiu do STJ
A decisão de validar, ou não, a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu no duplo homicídio da vereadora e do motorista Anderson Gomes, passou para o STF sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Preso pela execução das vítimas, Ronnie Lessa citou em delação premiada firmada com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) os supostos mandantes dos crimes.
O STJ, onde o caso estava tramitando antes, encaminhou o procedimento ao STF após as novas revelações por entender que o STF seria o foro adequado.
Lessa cita nos depoimentos autoridade que não estava no exercício da função na época dos homicídios, que completaram seis anos na semana passada.
O STF é responsável pelo julgamento de autoridades como presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais e integrantes dos tribunais superiores.
Lessa foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes e, na delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista.
Lessa foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.