Longo propõe audiência pública para debater obras estruturantes contra enchentes e secas

Longo entende que o tema é polêmico e evoca debates intensos por conta dos impactos ambientais, mas acredita que a proposta pode ganhar forma

Durante sessão ordinária desta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Pedro Longo propôs uma adiência pública para debater obras estruturantes contra enchentes e secas que assolam o estado todos os anos, de forma drástica.

Nesse ano, especialmente, de acordo com os órgãos de proteção, o Acre já vive, proporcionalmente, o maior desastre ambiental de sua história, com 80% dos municípios afetados pelas enchentes.

Deputado Pedro Longo. Foto: Juan Diaz/ContilNet

“A gente precisa encarar esse tema sob a perspectiva de obras estruturantes, com soluções estruturantes. Que nosso apoio às vítimas não seja feito apenas por meio da entrega de sacolões e outros donativos, mas de forma efetiva”, destacou.

Longo citou, inclusive, uma proposta do ex-deputado Eduardo Farias, que tem a ver com o controle de fluxo do Rio Acre.

“Esse tema já foi abordado aqui. Tem a ver com o controle de fluxo da vazão do Rio Acre. Poderia ser uma solução nas perspectivas da cheia e da seca, facilitando o escoamento a contenção, de acordo com a sazonalidade. Esse estudo já começou a ser realizado e temos esboços dele na Agência Nacional de Água (ANA)”, continuou.

Longo entende que o tema é polêmico e evoca debates intensos por conta dos impactos ambientais, mas acredita que a proposta pode ganhar forma.

“Isso gera debates intensos por conta dos impactos ambientes, mas é possível minorá-los com várias alternativas. É claro que não existe apenas uma solução que vai dar conta desse problema, mas precisamos fazer de forma integrada, e isso inclui a construção de casas populares em áreas apropriadas e o esforço para que as famílias não retornem aos locais de risco. O que não podemos fazer é enxugar gelo”, salienta.

No mesmo estudo, Longo destaca que de 2006 a 2013, os danos causados pelas enchentes chegam a mais de R$ 580 milhões. “Isso mostra que, por mais altos que sejam os investimentos, eles são os danos não vão cessar enquanto as medidas não forem efetivas”, finalizou.

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