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Meio político teme que briga entre irmãos Rueda e Luciano Bivar acabe em mortes

Por Tião Maia, ContilNet

A disputa interna no União Brasil envolvendo o presidente eleito da sigla, advogado Antonio Rueda, e o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente derrotado em convenção que não quer deixar o cargo, é mais grave do que se pode imaginar e pode até mesmo terminar em morte. Entre os ameaçados estão os irmãos Rueda, o presidente Antônio, sua irmã Maria Emília e o médico Fábio Rueda, este último exercendo o mandato de deputado federal pelo Acre em substituição, por 90 dias, ao deputado federal Eduardo Veloso.

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Casa do novo presidente do União Brasil foi incendiada, após ameaça de Bivar/Foto: redes sociais

A possibilidade do evento morte entre os contendores, em Brasília e no Pernambuco, origem da disputa, é assunto amplamente discutido no meio político porque há quem diga que Luciano Bivar, prestes a completar 80 anos de idade, tinha o União Brasil como uma espécie de bem particular e pessoal e que não estaria suportando o que considera traição, uma autêntica facada pelas costas por parte dos dos irmãos Rueda. “O Bivar sempre foi um ser afável, agradável. Mas a traição mexeu com ele e com seu sangue nordestino. Isso não é bom e pode desandar para algo bem ruim, como mortes, por exemplo”, disse, em Rio Branco, uma fonte do União Brasil que conhece de perto os contendores em disputa pela presidência nacional da sigla.

A possibilidade de haver mortes nesta disputa chegou a ser aventada inclusive por uma das figuras mais proeminentes da sigla, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que vem se apresentando como pré-candidato à presidência da República em 2026 exatamente pelo UB. O governador goiano disse não ter dúvidas de que o incêndio às casas de praia dos irmãos Rueda em Recife, no final de semana passada, “foi coisa do Bivar” e está pedindo inclusive que o deputado seja processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ato criminoso e que tenha o mandato cassado pela Câmara dos Deputados. Além de Caiado, deputados da sigla, incluindo três eleitos pelo Acre (Coronel Ulysses, Eduardo Veloso e o suplente Fábio de Rueda), temem que a briga entre Antônio Rueda e Luciano Bivar, cujas relações no passado eram semelhantes às de pai e filho, termine em morte. Tanto o atual presidente do partido quanto o ex-dirigente afirmam ter recebido ameaças após a ruptura traumática.

Antônio Rueda já contratou seguranças para si e familiares após as duas casas de sua família serem incendiadas. Bivar nega relação com o incêndio e acusa a mulher do ex-aliado de roubar dólares de um cofre que mantém nos Estados Unidos.

“Recebi uma mensagem da mulher de Rueda ameaçando minha família, o que denunciei à polícia. Desde há muito, assaltou meu cofre nos Estados Unidos, cujo segredo entreguei em confiança para tirar poucos trocados para comprar uma joia”, disse o deputado Luciano Bivar em suas redes sociais..”.

A guerra declarada entre os dirigentes do União Brasil chegou ao STF. Antônio Rueda apresentou na noite desta terça-feira (12) ao STF informações a respeito dos incêndios que atingiram casas de praia dele e de sua irmã, no litoral de Pernambuco, na segunda-feira (11). Os advogados de Rueda querem que Luciano Bivar seja investigado pelo caso.

A petição foi enviada ao ministro Kassio Nunes Marques, relator do pedido da Polícia Civil do Distrito Federal que havia solicitado, na quarta-feira da semana passada, a abertura de investigação contra Bivar por ameaças a Rueda. O processo tramita em segredo de Justiça no Supremo.

A queixa citou ameaças de Bivar a Rueda e a uma pessoa de sua família, que não é a irmã dele, Maria Emília Rueda, tesoureira do União Brasil, cuja casa também foi incendiada. O principal elemento de prova da acusação de Rueda é um vídeo em que ele aparece ouvindo de Bivar uma ameaça ao telefone.

Ao apresentar a representação criminal contra Bivar, a defesa de Rueda havia solicitado à polícia que o caso não tramitasse no STF, por não ter relação com o mandato do deputado federal. Agora, no entanto, a defesa acredita que tenha havido alterações no quadro, com possível relação com o mandato, e pretende que o caso siga sob o Supremo.

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