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Mulheres ganham 18% a menos do que os homens no Acre, diz relatório

Por Vitor Paiva, ContilNet

O 1º Relatório de Transparência Salarial foi divulgado nesta segunda-feira (25), pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego, com dados relativos às empresas com 100 funcionários ou mais.

No estado do Acre, em média as mulheres ganham 18,35% a menos do que os homens, o que, apesar da disparidade, ainda é um cenário de maior equidade em relação ao nacional, onde a diferença é de 19,4%, 1,1% a mais de diferença entre a remuneração dos dois gêneros.

Dados foram enviados por empresas com 100 ou mais funcionários, perfil exigido por lei – Foto: Banco de Imagens / Freepik

Ao todo, 104 empresas acreanas participaram da avaliação, totalizando 33,5 mil pessoas empregadas, e neste montante, observa-se que, em cargos de gerências e direção, a diferença entre os sexos pode chegar a valores de 35,6%.

Apesar da diferença salarial ainda apresentar números expressivos, o incentivo a politicas de contratação de mulheres tem se mostrado afetiva. No Acre, 31,3% das empresas já tem políticas para aumentar o número de mulheres em cargos de direção e gerenciamento, 10,4% têm políticas de apoio à contratação de mulheres e 14,6% para a contratação de mulheres pretas. 

Já em relação a pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIAP+, apenas 12,5% têm práticas de incentivo, para pessoas com deficiência o número é ainda menor, com 8,3%, já para mulheres vítimas de violência, a porcentagem é de 4,2. 

Em relação à licença maternidade/paternidade estendida, e auxílio creche, tem 10,4% e 14,6% respectivamente.

A nível nacional, o estado com menor diferença entre os salários de homens e mulheres é o Piauí, onde a disparidade é de 6,3%, seguido por Sergipe e Distrito Federal, com 7,1% e 8%, respectivamente.

As políticas de equiparação salarial entre homens e mulheres são fomentadas a partir da Lei nº 14.611, sancionada pelo presidente Lula em 3 de julho de 2023, onde empresas com mais de 100 funcionários devem garantir essa igualdade, incluindo transparência salarial, fiscalização contra discriminação, canais de denúncia, programas de diversidade e inclusão, e apoio à capacitação de mulheres

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