Porto Velho tem o pior saneamento básico entre as 100 maiores cidades do Brasil

Capital de Rondônia enfrenta graves problemas de acesso à água tratada e tratamento de esgoto, revela levantamento do Instituto Trata Brasil

O Instituto Trata Brasil divulgou um ranking que coloca Porto Velho como a pior cidade do Brasil em saneamento básico, entre as 100 maiores cidades do país. Apenas 9,89% da população tem acesso ao serviço de tratamento de esgoto, enquanto mais da metade dos moradores vive sem água tratada.

A Prefeitura de Porto Velho e a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd) foram procuradas pelo Portal SGC para comentar sobre a situação. Segundo a Prefeitura de Porto Velho há um processo de água e esgotamento sanitário, que está em análise no Tribunal de Contas de Rondônia. O município aguarda este parecer para dar andamento ao projeto. A Caerd, até o momento da publicação desta reportagem, não respondeu.

Capital de Rondônia tem o pior saneamento entre as 100 maiores cidades do país/Foto: Reprodução

A pesquisa revela que a capital de Rondônia desceu duas posições em relação ao ano anterior, agora ocupando a 100ª posição. Apenas 1,71% do esgoto é tratado, e há uma perda significativa de 77,32% na distribuição de água. O investimento médio anual no período de 2018 a 2022 foi de apenas R$ 37,47 por habitante.

Os números indicam um cenário preocupante: o acesso à água potável coloca Porto Velho na última colocação, enquanto o acesso à coleta de esgoto está na 96ª posição. Além disso, o volume de esgoto tratado em relação à água consumida e o investimento por habitante ocupam as posições 98ª e 96ª, respectivamente.

Segundo o Instituto Trata Brasil, Porto Velho permanece entre as piores colocações há quase uma década. Os dados mostram um investimento médio anual por habitante que está mais de 70% abaixo do necessário para alcançar a universalização do saneamento básico, conforme estabelecido pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico.

De acordo com especialistas, o investimento médio anual da cidade está significativamente abaixo do necessário para atingir a universalização do saneamento básico, conforme estabelecido pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Com um valor de R$ 37,47 por habitante, mais de 70% abaixo da média nacional, a meta de fornecer acesso à água potável e serviços de esgoto para mais de 90% da população até 2033 parece distante para Porto Velho.

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