Os dados da PNAD Contínua Segurança Alimentar, divulgados nesta quinta-feira (25), apontam que uma em cada quatro domicílios brasileiros apresentou algum grau de insegurança alimentar em 2023. Isso significa que os moradores não sabiam se teriam comida suficiente ou adequada.
Na Região Norte, a proporção, de 16%, de domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave é bem superior à das outras regiões.
No ranking, o Acre aparece com percentual de 11,2 de insegurança alimentar moderada ou grave, superando a média nacional, que é de 9,4. O estado com maior percentual é o Pará, com 20,3, e o menor é Santa Catarina, com 3,1.
O que é insegurança alimentar?
O IBGE, responsável pelo levantamento, classifica a insegurança alimentar em três níveis:
- Insegurança alimentar leve: falta de qualidade nos alimentos e uma certa preocupação ou incerteza quanto o acesso aos alimentos no futuro.
- Insegurança alimentar moderada: falta de qualidade e uma redução na quantidade de alimentos entre os adultos.
- Insegurança alimentar grave: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos também entre as crianças. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.
Já a segurança alimentar é classificada como o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.
Cenário nacional
Apesar dos números serem altos, a quantidade de domicílios com insegurança alimentar diminuiu. No ano passado, 72,4% dos domicílios no país estavam em segurança alimentar. Esse número representa 151,9 milhões de brasileiros.
O índice de 2023 é o segundo melhor para a segurança alimentar, atrás apenas de 2023, quando 77,4% dos domicílios tinham acesso a uma alimentação de qualidade. Essa é a quinta série de resultados que o IBGE produz.