Alan diz que não é contra Bocalom, afirma que Rueda atropelou processo e nega saída do União Brasil

Parlamentar comentou sobre situação na sigla, Alysson Bestene e Marcus Alexandre

O senador Alan Rick, em entrevista concedida na noite desta segunda-feira (8) ao ContilNet, comentou sobre a polêmica vivida nos últimos dias pelo União Brasil durante o fechamento da janela partidária. A sigla, que tem o senador como presidente do Diretório Estadual, assistiu o deputado Fábio Rueda, presidente da Executiva Municipal, anunciar o apoio da sigla à reeleição do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL).

A decisão de Rueda causou uma onda de especulações sobre os rumos do parlamentar, que soube do anúncio do apoio da sigla a Bocalom horas antes de uma agenda no interior do Acre. Alan, juntamente com o deputado federal Coronel Ulysses, tentou impedir o anúncio de Rueda, porém não obteve sucesso.

Ao ContilNet, Alan Rick tratou de colocar panos quentes acerca dos acontecimentos recentes, esclarecendo que sua permanência na União Brasil está firme e forte apesar das polêmicas. “Nós construímos muito no partido. No momento da discussão interna, houve colegas, amigos e assessores que estavam acompanhando e um ou outro ouviu o senador [Alan Rick] falando que a situação dentro do partido não estava legal da maneira que a coisa foi conduzida, mas isso não quer dizer que eu vou sair do partido”, afirmou Alan.

Senador Alan Rick criticou a condução da aliança da sigla com Tião Bocalom/Foto: Reprodução

O parlamentar afirmou que não tem nada contra o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, mas fez críticas às maneiras como as coisas foram conduzidas pela Executiva Municipal, comandada por Fábio Rueda. Segundo Alan, havia um pacto entre os filiados e os mandatários que nada seria acordado sem antes ouvir todos os pré-candidatos à Prefeitura de Rio Branco. “Não tenho nada contra a candidatura do Bocalom. Tenho o contrário, tenho tudo é a favor. Nós não somos contra o apoio do partido ao Bocalom. Eu sou a favor, eu só acho que não poderia ter sido feito da maneira que foi feita”, salientou.

Foto; ASCOM

“A gente foi pego de surpresa depois que nós tínhamos pactuado, no dia 17 de março, numa reunião de todos os parlamentares do União Brasil, Ulysses, Velloso, Rueda e representantes do senador Márcio Bittar, as lideranças nossas, os coordenadores de campanha, que nós não iríamos fechar anúncio de apoio sem antes ouvirmos tanto o Bocalom, o Alysson, Roberto Duarte, que naquele momento estava colocando o nome. Nós íamos ouvir todos eles, saber qual o modelo de governança, o que eles pensam para Rio Branco, porque não é só vai indicar o vice. Eu defendo que a gente fale de governança, fale de parceria de gestão, não é somente ocupar cargo, isso aí é coisa pra quem só pensa na política pequena, entende? Então houve um atropelo do processo, quando o Fábio Rueda decide sozinho que nós iremos apoiar o Bocalom sem dialogar conosco, ele atropelou o processo e desrespeitou uma reunião que nós fizemos no dia 17 de março, onde nós pactuamos isso”, acrescentou.

Alan Rick/Foto: Ascom

Ao ser questionado sobre os boatos que circulam nos bastidores da política acerca da retirada da pré-candidatura de Alysson Bestene e uma possível aliança do Governo com o pré-candidato do MDB, Marcus Alexandre, Alan Rick afirmou que ainda tem que conversar com o governador Gladson Cameli acerca da pré-candidatura de Alysson, mas afirmou taxativamente que caso o governo decida ir com Marcus Alexandre ele não irá junto.

“Eu tenho que saber o que está acontecendo, o governador não falou comigo ainda, nem o Alysson, se ele continua candidato, se ele vai retirar o nome dele. Eu sempre defendi, inclusive, que o Alysson fosse o vice de Bocalom e trabalhei, inclusive, por isso. Agora tem que ver como é que está a candidatura dele, me parece que o governador Gladson Cameli não está muito, digamos assim, animado com a candidatura do Alysson, então tem que ver um caminho. O Marcus Alexandre está fora, eu não apoio candidato de esquerda. Zero. É inegociável. Eu não apoio candidatura da esquerda”, encerrou.

PUBLICIDADE