A Academia Juvenil Acreana de Letras (AJAL) completou na última segunda-feira (22) nove anos de existência, sendo um espaço de apoio à produção literária entre jovens da capital acreana, e os processos envoltos na escrita.
Jackson Viana, de 23 anos, é o atual diretor da academia e afirma que a necessidade do surgimento da AJAL se deu quando perceberam que as instituições de cultura voltadas para a literatura não acolhiam a comunidade com menos de 18 anos.
“Surgiu da necessidade do estado ter uma instituição de cultura que acolhesse, incentivasse e promovesse o trabalho dos escritores jovens. O Acre é um estado que possui inúmeras instituições literárias, no entanto, nenhuma delas tinha em seu estatuto a possibilidade de receber pessoas menores de 18 anos”, explica.
Viana ainda relata que enxerga esta atitude como uma falha, já que, de acordo com ele, não existe idade para que se comece a escrever e que muitos autores acabam fazendo seus melhores trabalhos justamente neste período.
“O talento para a escrita não tem idade. Temos diversos casos de grandes escritores que começaram a escrever ainda muito jovens e os seus melhores trabalhos foram produzidos nessa fase”.
O atual presidente explica ainda que ao longo dos seus nove anos, 20 livros já foram publicados por ela, e que a publicação é apenas parte dos trabalhos realizados pela academia.
“O trabalho da AJAL tem como objetivo principal incentivar jovens escritores. E esse apoio pode acontecer das mais diversas formas, como a divulgação do trabalho deles, a realização de ações literárias de promoção, a publicação de suas obras e outros mais diversos momentos”, diz Viana.
O vice-presidente da academia, Luiz Moraes, também falou sobre a importância do papel da AJAL para os escritores acreanos. “A Academia Juvenil Acreana de Letras desempenha um papel vital na promoção da cultura entre os jovens, especialmente no campo da literatura. Através de concursos, programas e oficinas, ela não só incentiva a expressão criativa, mas também nutre o talento emergente”, explicou
Para além disso, ele, que também é escritor, fala que a publicação sem fins lucrativos feita pela academia possibilita com que diversos projetos, que antes não teriam oportunidade, ganhem vida.
“A publicação de livros dos membros sem qualquer compensação financeira não apenas valoriza suas obras, mas também amplia o alcance da literatura juvenil acreana. Como membro desde 2016, sinto um profundo orgulho em fazer parte desta instituição histórica e memorável, que molda o futuro literário da nossa comunidade”, enfatizou ele.
A diretora acadêmica da AJAL, Luísa Timmerman, comenta o impacto que a academia teve no seu caminho e desenvolvimento literário. “Desde o momento em que conheci a academia, achei muito estimulante fazer parte de um grupo que aprecia a escrita de formas distintas, como cordéis, poemas e charges”, revela.
Timmerman ainda afirma que o incentivo dado aos jovens é muito importante e que pode potencializar seus projetos. “Isso me motiva a cada encontro e considero que para os novos artistas, é uma nova forma de poder crescer cada vez mais, ensinando, aprendendo e também incentivando com os projetos”, encerrou.