O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), protocolou na sessão desta terça-feira (2), a instalação de uma de uma estátua de bronze no hall da Casa Legislativa, em homenagem ao ex-governador do Acre, José Augusto.
VEJA TAMBÉM: 60 anos do golpe militar: Acre também viveu prisões, torturas e caça às bruxas; relembre a história
Primeiro governador eleito por voto popular do Acre, José Augusto chegou ao poder após a elevação do Acre à categoria de Estado, em 1962.
“A presente propositura tem o objetivo de reconhecer a trajetória política e de vida do então governador José Augusto de Araújo, que teve o mandato covardemente cassado pela Ditadura Militar em 8 de maio de 1964. José Augusto de Araújo foi obrigado a assinar a carta de renúncia. Com o cargo vago, os deputados estaduais da época reconheceram a vacância, por unanimidade, colocando no cargo o comandante da 4ª Companhia Militar, capitão Edgar Pedreira de Cerqueira Filho”, diz o deputado no pedido.
Na tribuna, Edvaldo disse que a proposta surgiu em alusão aos 60 anos da Ditadura Militar.
José Augusto de Araújo era natural de Feijó, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o mesmo do presidente João Goulart. Araújo havia vencido a eleição contra um oponente de peso: o senador José Guiomard Santos, autor do projeto de lei que criou o estado do Acre.
O ex-governador tinha o apoio popular, mas teve suas ideias consideradas revolucionárias demais pelos militares da época. Alinhado ao pensamento de João Goulart, Araújo defendia a realização de uma reforma agrária.
Além de ser exilado no Rio de Janeiro, José Augusto de Araújo teve os direitos políticos cassados pela Ditadura por 10 anos.