Fim da janela partidária expõe vereadores que abandonaram o barco e mudaram de lado; veja

A coluna Pimenta no Reino traz o panorama sobre a nova composição da Câmara e mostra os caminhos que os 17 vereadores de Rio Branco irão seguir nas eleições deste ano

A janela partidária, período em que os políticos que detém mandatos eletivos obtidos em pleitos proporcionais – como vereadores, por exemplo – podem mudar de partido sem perder o cargo, se encerrou no último sábado dia 05. Nos últimos minutos do 2º tempo antes da janela fechar, viu vereadores correrem para não perder o prazo e conseguir se desfiliar nos partidos que foram eleitos nas eleições de 2020. O que se viu foram parlamentares mudando de lado, saindo de partidos da base e migrando para a oposição e vereadores pulando do barco para conseguir uma legenda forte para se reeleger. A previsão é de que candidatos com no mínimo 4 mil votos tenham chance de conseguir uma cadeira na Câmara de Rio Branco, que agora terá 21 cadeiras. Quem tirar menos que isso, nem deve entrar no jogo.

Veja as principais mudanças:

A principal mudança é a da vereadora Elzinha Mendonça, líder da Oposição ao prefeito Tião Bocalom no parlamento. Ela deixou o PSB e se filiou ao Progressistas, a convite da deputada federal Socorro Neri, que preside o partido em Rio Branco.

Por outro lado

O Progressistas anunciou que terá uma lista de 22 candidatos a vereador na capital. Desses, dois têm mandato e decidiram continuar no partido: Samir Bestene e N. Lima. Ambos fazem parte da base do prefeito Tião Bocalom e vão precisar decidir se irão continuar apoiando a reeleição do prefeito ou apoiar a candidatura de Alysson Bestene, nome escolhido pelo Progressistas.

Filhos de Bocalom

O PL, partido em que o prefeito Tião Bocalom acabou de se filiar, ganhou 3 vereadores, que mudaram de partido e são as apostas para fortalecer a base da Prefeitura. Dois deles, até então, eram de partidos de oposição ao prefeito e agora, se reeleitos, irão compor o bloco da base. São eles:

– Manoel Moraes, que deixou o PSB, partido de Oposição ao prefeito, vai para o PL;
– Joaquim Florêncio e James do Lacen, que ambos deixaram o PDT, outro partido de Oposição a Bocalom para entrar no PL;

– E o Raimundo Neném, presidente da Câmara Municipal, vai para o PL.

Líder

O líder do prefeito, João Marcos Luz deixou o MDB após a filiação de Marcus Alexandre e é mais um vereador no PL. Ao todo, o partido terá 4 parlamentares.

União Brasil

Um dos partidos que mais ganhou vereadores com a janela partidária foi o União Brasil, sigla que acabou de declarar apoio à reeleição de Tião Bocalom. Ao todo, 04 parlamentares migraram para a sigla presidida por Alan Rick e Fábio Rueda. A maior surpresa foi a vereadora Lene Petecão, que preferiu deixar o PSD, partido do irmão dela, o senador Sérgio Petecão.

Assim o União Brasil ganha 4 novos vereadores. São eles:

– Lene Petecão, que deixou o PSD, vai para o União Brasil;
– Ismael Machado, que deixou o PSDB, vai para o União Brasil;
– Raimundo Castro, que também deixou o PSDB, vai para o União Brasil;
– Rutênio Sá, que deixou o Progressistas, vai para o União Brasil.

O partido já tinha Francisco Piaba, que segue no partido.

Debandada no ninho tucano

Com a saída de Castro e Ismael, o PSDB, em Rio Branco, se junta a outras 9 capitais brasileiras em que o partido não tem mais nenhuma representação.

Podemos!

Embora ganhando 4 novos vereadores, o União Brasil, ao mesmo tempo, perdeu outro: Hildegard Pascoal, que deixou o partido e se filiou ao Podemos. A sigla agora tem dois vereadores. O segundo é Arnaldo Barros, que decidiu permanecer no partido.

Lobo solitário?

Um dos poucos que continua no mesmo partido é o vereador Célio Gadelha, que segue no MDB de Flaviano Melo e vai fazer campanha para Marcus Alexandre.

Oposição

Por enquanto Gadelha não será o único da terra de Ulysses Guimarães no parlamento-mirim. O vereador de Oposição, Fábio Araújo, deixou o PDT e se filiou ao MDB a convite do ex-prefeito Marcus Alexandre.

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