A janela partidária, período em que os políticos que detém mandatos eletivos obtidos em pleitos proporcionais – como vereadores, por exemplo – podem mudar de partido sem perder o cargo, se encerrou no último sábado dia 05. Nos últimos minutos do 2º tempo antes da janela fechar, viu vereadores correrem para não perder o prazo e conseguir se desfiliar nos partidos que foram eleitos nas eleições de 2020. O que se viu foram parlamentares mudando de lado, saindo de partidos da base e migrando para a oposição e vereadores pulando do barco para conseguir uma legenda forte para se reeleger. A previsão é de que candidatos com no mínimo 4 mil votos tenham chance de conseguir uma cadeira na Câmara de Rio Branco, que agora terá 21 cadeiras. Quem tirar menos que isso, nem deve entrar no jogo.
![](https://contilnetnoticias.com.br/wp-content/uploads/2024/04/vereadores.png)
Veja as principais mudanças:
A principal mudança é a da vereadora Elzinha Mendonça, líder da Oposição ao prefeito Tião Bocalom no parlamento. Ela deixou o PSB e se filiou ao Progressistas, a convite da deputada federal Socorro Neri, que preside o partido em Rio Branco.
Por outro lado
O Progressistas anunciou que terá uma lista de 22 candidatos a vereador na capital. Desses, dois têm mandato e decidiram continuar no partido: Samir Bestene e N. Lima. Ambos fazem parte da base do prefeito Tião Bocalom e vão precisar decidir se irão continuar apoiando a reeleição do prefeito ou apoiar a candidatura de Alysson Bestene, nome escolhido pelo Progressistas.
Filhos de Bocalom
O PL, partido em que o prefeito Tião Bocalom acabou de se filiar, ganhou 3 vereadores, que mudaram de partido e são as apostas para fortalecer a base da Prefeitura. Dois deles, até então, eram de partidos de oposição ao prefeito e agora, se reeleitos, irão compor o bloco da base. São eles:
– Manoel Moraes, que deixou o PSB, partido de Oposição ao prefeito, vai para o PL;
– Joaquim Florêncio e James do Lacen, que ambos deixaram o PDT, outro partido de Oposição a Bocalom para entrar no PL;
– E o Raimundo Neném, presidente da Câmara Municipal, vai para o PL.
Líder
O líder do prefeito, João Marcos Luz deixou o MDB após a filiação de Marcus Alexandre e é mais um vereador no PL. Ao todo, o partido terá 4 parlamentares.
União Brasil
Um dos partidos que mais ganhou vereadores com a janela partidária foi o União Brasil, sigla que acabou de declarar apoio à reeleição de Tião Bocalom. Ao todo, 04 parlamentares migraram para a sigla presidida por Alan Rick e Fábio Rueda. A maior surpresa foi a vereadora Lene Petecão, que preferiu deixar o PSD, partido do irmão dela, o senador Sérgio Petecão.
Assim o União Brasil ganha 4 novos vereadores. São eles:
– Lene Petecão, que deixou o PSD, vai para o União Brasil;
– Ismael Machado, que deixou o PSDB, vai para o União Brasil;
– Raimundo Castro, que também deixou o PSDB, vai para o União Brasil;
– Rutênio Sá, que deixou o Progressistas, vai para o União Brasil.
O partido já tinha Francisco Piaba, que segue no partido.
Debandada no ninho tucano
Com a saída de Castro e Ismael, o PSDB, em Rio Branco, se junta a outras 9 capitais brasileiras em que o partido não tem mais nenhuma representação.
Podemos!
Embora ganhando 4 novos vereadores, o União Brasil, ao mesmo tempo, perdeu outro: Hildegard Pascoal, que deixou o partido e se filiou ao Podemos. A sigla agora tem dois vereadores. O segundo é Arnaldo Barros, que decidiu permanecer no partido.
Lobo solitário?
Um dos poucos que continua no mesmo partido é o vereador Célio Gadelha, que segue no MDB de Flaviano Melo e vai fazer campanha para Marcus Alexandre.
Oposição
Por enquanto Gadelha não será o único da terra de Ulysses Guimarães no parlamento-mirim. O vereador de Oposição, Fábio Araújo, deixou o PDT e se filiou ao MDB a convite do ex-prefeito Marcus Alexandre.