O Governo do Acre, por meio da Secretarias de Planejamento (Seplan), e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seict), realizaram nesta terça-feira (9) o evento “Rotas de Integração Sul-Americana”, com a participação dos ministros de Planejamento, Simone Tebet e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que puderam compreender um pouco mais sobre a importância das rotas de exportação para a região, que deve elevar o Produto Interno Bruto do Acre em até 10%.
Um dos organizadores do encontro, o secretário da Seict, Assurbanípal Mesquita, apresentou os planos estratégicos para o fortalecimento dessas rotas, uma delas é o Quadrante Rondon, fundamental para conectar o Norte brasileiro aos portos do Peru, oferecendo ao Acre uma saída estratégica para o Pacífico.
Assurbanípal apresentou dados sobre exportação no Acre/ Foto: Juan Diaz/ContilNet
“No que tange aos negócios do comércio exterior, nos últimos cinco anos, o Acre teve um crescimento de 120%. Mais do que dobramos as exportações, como a proteína e os grãos, por exemplo. Ainda temos um potencial de crescimento pela frente, não crescemos mais por conta das dificuldades da rota. Com essas rotas de integração, devemos ter um crescimento de pelo menos 10% do nosso PIB nos próximos cinco anos”, ressaltou.
O projeto das rotas de integração Sul-Americanas conta com recursos orçamentários no Brasil, além de US$ 10 bilhões disponibilizados pelo BNDES e bancos regionais de desenvolvimento. Entre as medidas anunciadas pela Ministra Simone Tebet durante sua vinda ao Acre nesta terça estão a construção do Anel Viário de Brasiléia e a recuperação de 200 quilômetros na BR-364.
De acordo com Assurbanípal, o fortalecimento das rotas de integração deve aumentar não só as exportação, mas também de serviços, movimentando a economia, em especial das cidades localizadas nessas rodovias.
Secretário de Ciência, Teconoliga e Informação, Assurbanípal durante apresentação/Foto: Juan Diaz/ContilNet
“A rota é um importante instrumento de desenvolvimento econômico. Quanto mais pessoas e cargas circularem por essas rodovias, mas ela vai demandar necessidade de serviços de apoio dentro do estado. Necessidade de infraestrutura, hotéis, restaurantes, serviços de manutenção etc. Tudo isso, principalmente nos municípios que fazem parte dela”, enfatizou.
Ainda de acordo com o secretário, o estabelecimento da rota fará com que o transporte de cargas seja desembaraçado e tenha menos burocracia, o que encarece e dificulta, muitas vezes, o fluxo de exportação no estado.