O governador Gladson Cameli viaja para Brasília nesta quarta-feira (17) para uma reunião com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para tentar solucionar a crise do abastecimento de água em Rio Branco. A informação foi divulgada pelo jornal A Tribuna.
A proposta apresentada por Gladson será a construção de barragens na cabeceira do Igarapé São Francisco, que além de mitigar os prejuízos das recorrentes enchentes, também ajudaria a solucionar o problema da crise hídrica na capital.
Com as barragens, o governo quer construir um grande reservatório no São Francisco. O projeto faz parte de um estudo viabilizado pelo Grupo de Trabalho (GT) formado pelo governo do Estado, em parceria com o Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) elaborado em 2023, que trata sobre um projeto de intervenção da Bacia Hidrográfica do Igarapé São Francisco. O conselheiro Ronald Polanco é o principal entusiasta, com a proposta de revitalização desse importante manancial que corta a capital acreana. O projeto prevê a revitalização de toda a bacia e ao mesmo tempo seu uso como alternativa de captação e consumo de água na capital.
O governo corre contra o tempo para achar uma solução urgente para o abastecimento de água em Rio Branco, principalmente por conta da previsão de seca extrema neste e nos próximo anos, agravada pelo aparecimento do fenômeno La Niña, que resfria as águas do Oceano Pacífico e influi no ciclo de chuvas em toda a região Amazônica.
A proposta para o Igarapé São Francisco inclui a recuperação das matas ciliares, remoção das famílias que vivem nas suas margens, construção de moradias populares para acolhimento destas famílias desabrigadas, coleta e processamento de resíduos sólidos, infraestrutura paisagística urbana e de controle ambiental e o fortalecimento da Área de Proteção Ambiental (APA).
O estudo elaborado pelo grupo de trabalho apontou que o Igarapé São Francisco banha uma área estimada em torno de 45.440,34 hectares, localizada entre a BR-364 e a rodovia estadual AC-90 (Transacreana), com 3.191,31 hectares (7%) na área urbana e 42.249,03 ha (93%) na zona rural.
Em 2019, o projeto encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) previa um investimento de R$ 83 milhões para a sua despoluição, o que será debatido agora, em Brasília.
Com informação do Jornal A Tribuna