Indígenas do Acre pintam mural de 750 metros na maior exposição de arte do mundo, na Itália

A Bienal de Veneza começou no sábado (20) e vai até a quarta-feira (24)

Indígenas do Movimento dos artistas Huni Kuin (Mahku), da região do Alto Rio Juruá, pintaram um mural de 750 metros na fachada do Pavilhão Central, durante sua participação na 60ª edição da Bienal da Veneza, que acontece na Itália.

Os artistas levaram dois meses para concluir a obra/ Foto: Reprodução G1 Acre

A Bienal de Veneza começou no sábado (20) e vai até a quarta-feira (24). Esta edição conta com mais de 300 obras de artistas de diversas regiões do mundo. O painel dos artistas Huni Kuin representa o mito de Kapewe Pukeni, que significa jacaré-ponte, que conta a história sobre a separação intercontinental entre os povos e a consolidação da identidade Huni Kuin.

O grupo de artistas, composto por Ibã Huni Kuin, Kássia Borges, Acelino Tuin, Cleiber Bane, Pedro Maná, Yaka Huni Kuin, Rita Huni Kuin, Cleudo Txana Tuin, Isaka Huni Kuin, ficou por dois meses na cidade pintando o painel.

A Bienal de Veneza se trata da maior exposição de arte de todo o mundo e pela primeira vez tem como curador, um brasileiro, com destaque para a arte indígena.

De acordo com o curador, Adriano Pedrosa, diretor do Museu de Arte de São Paulo, foram escolhidos migrantes, expatriados, homossexuais e indígenas, que se sentem estrangeiros na própria terra.

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