A política praticada em Pernambuco e que atingiu níveis de gangsterismo ou de cangaço, com reflexos no Acre, ganhou nova dimensão, nesta quinta-feira (11), quando o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar o deputado federal Luciano Bivar (União-PE). O processo tramita em segredo de Justiça e envolve o advogado Antônio Rueda, irmão do deputado federal pelo Acre, Fabio Rueda, que se diz ameaçado de morte. As ameaças de Bivar seria cntra todos os irmãos Rueda.
A polícia deve apurar se Bivar teve envolvimento com os incêndios que atingiram a casa de Rueda e a da irmã dele, Maria Emília de Rueda, em Ipojuca, no litoral de Pernambuco, em março deste ano. Na madrugada de 10 de março, a casa de Rueda e da irmã dele na cidade litorânea foram incendiadas. Ninguém se feriu. A perícia realizada pela Polícia Científica de Pernambuco concluiu que o fogo “foi provocado e de provável intuito criminoso”.
Bivar sugeriu que o incêndio poderia ser “golpe do seguro”. “Primeiro, precisa saber se não é o golpe do seguro, já que a casa estava abandonada há anos, e a estrutura, totalmente comprometida, segundo informações da região”, afirmou o parlamentar ao se defender das acusações, em 12 de março.
Em Brasília, com receio de ser morto, Antônio Rueda, na condição de presidente do União Brasil, passou a ser protegido por uma escolta fortemente armada, feita por agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Os irmãos Rueda estão no centro de uma guerra partidária com Luciano Bivar (União-PE), dirigente atualmente afastado pela legenda.
Armadas com fuzis, as equipes se revezam para garantir a segurança de Rueda durante as agendas e compromissos cumpridos por ele.
Advogados de Rueda formalizaram uma representação criminal à PCDF contra Bivar, pelo suposto crime de ameaça. O procedimento respaldou e justificou as escoltas enquanto a polícia conduz a investigação para apurar as ameaças.