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Namorada de PC Siqueira, Maria Watanabe revela detalhes da morte

Por Metrópoles

Quase 4 meses depois de testemunhar o suicídio do então namorado, PC Siqueira, Maria Watanabe revelou, com detalhes, os últimos momentos que passou ao lado do rapaz. Ela participou do podcast Sem Limites, de Raul Ferreira Netto, e aproveitou para explicar o término da relação.

“A gente brigou no dia anterior, aquela bem tradicional, de falar besteira, de ficar com ciúme de coisas que vi no telefone dele. Um bate-boca mesmo. Como eu disse, a gente tinha terminado 2 dias antes e eu estava encaminhada a terminar de fato”, recordou.

Instagram/Reprodução

E continuou explicando como era a vida dos dois antes de discussão: “Mas, aquela coisa, eu não ia terminar com o PC Siqueira e deixar ele sozinho, imagina, e ele sabia disso. A gente morava junto, tinha 3 bichinhos, tinha uma família, uma vida. Não era catar minhas coisas e sair de casa de um dia pro outro, como outras mulheres da vida dele fizeram. O fato de eu sair da vida dele causou uma náusea e a gente começou a discutir”, disse.

Maria Watanabe revelou, então, que o youtuber havia tomado medicações, acordou bem e foi beber: “No dia seguinte, ele acordou normal. Se você toma uma cartela de Rivotril ou outro remédio, você fica dopado. Só que ele acordou bem e eu falei ‘ok’, pra quem estava num surto psicótico, muito agitada. Ele desceu no bar da frente e tomou uma cachaça. Subiu, levou uma pra mim ainda e eu olhei e falei ‘putz, ele bebeu’. E foi no dia que tínhamos marcado psiquiatra”.

Ela lembrou, também, que ele anunciou quais eram suas intenções: “Eu estava me arrumando pra ir [pro psiquiatra] e ele olhou para mim e falou: ‘Maria vai ser hoje’. E era com um olhar que eu já conhecia. E, aí, quando ele me falou isso, acho que foi a despedida porque ele começou uma cadência de movimentos em função daquilo, de tirar a própria vida”, detalhou.

Logo depois, a moça desabafou: “Eu não sou a Mulher Maravilha, eu não sou Jesus Cristo nem a mãe dele. Então eu fiquei com ele até o final e a última coisa que eu falei para ele foi ‘te amo’. Porque eu tentei falar todas frases possíveis quem fossem fazer ele ficar: falei do Lulinha, que era o cachorro dele, que era uma das coisas que ele mais amava no mundo; falei de mim; da prospecção da nossa vida futura”, esclareceu, antes de completar:

“Só que ele já estava começando a fazer várias forcas. Eu mandei para um amigo a foto da forca feita por um lençol porque eu já não sabia o que fazer, porque ele estava agressivo. Se ele botou na cabeça que queria fazer uma coisa, quem sou eu para parar? E poderia até respingar em mim, se ele quisesse fazer de uma outra maneira, não sei”, observou.

Na sequência, a ex-namorada afirmou que o rapaz não estava bem: “E não era o PC. Ele nunca faria aquilo estando em um estado racional. O PC nunca encostou uma mão em mim. Então, foi um episódio específico, que ele não estava em si, nas faculdades mentais dele, e ele só queria cessar a própria vida”, garantiu.

Em seu desabafo, Maria detalhou como foi a morte: “Eu tentei até o último segundo. O corpo dele eu segurei, só que eu vi que tinha uma cadeira embaixo. Quando ele chutou a cadeira e caiu o peso na minha mão, vi que foi feito de uma maneira que não tinha como reverter. Nem eu vi que ele tinha pego aquela cadeira, foi tudo muito rápido. O fio, inclusive, não estava solto, não estava lá. Ele, provavelmente, deve ter pego aquele fio na hora, deve ter inventado aquele fio. EU tinha o cuidado de não deixar nada perto que pudesse suscitar a ideia na cabeça dele. Só que eu estava exausta”, declarou.

PC Siqueira morreu em 27 de dezembro de 2023, após tirar a própria vida. No próximo dia 18, ele completaria 38 anos. Paulo Cezar Siqueira foi um dos primeiros youtubers do Brasil, com seu canal na plataforma de vídeo Maspoxavida. PC chegou a ter mais de 2 milhões de inscritos.

O influenciador foi encontrado em seu apartamento na zona sul da cidade de São Paulo. A causa da morte foi considerada suicídio, após um enforcamento e abuso de substâncias controladas e/ou drogas ilícitas.

Veja a entrevista completa

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