O.J. Simpson e Kim Kardashian: afinal, qual era a relação entre o jogador de futebol americano — que morreu aos 76 anos, na última quarta-feira (10), em decorrência de um câncer — e a socialite e modelo também americana? Quem assistiu a séries como “American crime story” (2016) e “O.J.: made in America” (2016) sabe que as duas figuras estiveram muito próximas durante o período em que atleta esteve envolvido no julgamento mais polêmico da história dos Estados Unidos. Até 2020, porém, Kim Kardashain jamais havia se pronunciado sobre o assunto.
Em entrevista ao programa de David Letterman, há quatro anos, citou o julgamento do astro de futebol americano O.J Simpson, nos anos 1990, como o “momento mais marcante da sua vida”. O atleta foi a júri popular acusado de matar a mulher Nicole Brown e o amigo Ronald Goldman. Pais da socialite, Robert Kardashian e Kris Jenner eram amigos pessoais do casal.
Kim conta que o caso “destruiu” sua família naquele período. À época já separados, o advogado Robert passou a integrar a defesa de O.J. Kris, por sua vez, ficou do lado da família do casal, ressaltando que tinha certeza de que Simpson havia cometido o crime.
“Minha mãe foi extremamente aberta em seus sentimentos. Ela acreditava que sua amiga foi assassinada por O.J., e isso foi realmente traumatizante para ela. Então íamos para a casa do meu pai e lá era uma situação totalmente diferente. Nós realmente não sabíamos em que acreditar ou de que lado assumir quando crianças, porque não queríamos ferir os sentimentos de um dos nossos pais”, relembrou Kim Kardashian, sobre esse período.
Kim se recodou, inclusive, do dia em que o pai a pegou na escola e a levou para o tribunal, sem que a mãe soubesse. “Lembro que minha mãe estava sentada com os pais de Nicole, e Kourtney e eu estávamos sentados atrás de OJ, e olhamos para minha mãe e ela nos deu um olhar mortal, tipo: ‘O que você está fazendo fora da escola? O que você está fazendo aqui?'”, rememorou Kim. “Isso separou minha família, eu diria, durante todo o período do julgamento”.
O.J. foi absolvido dos assassinatos em outubro de 1995, mas foi considerado responsável pelas mortes em 1997, num caso civil movido pelas famílias das duas vítimas. Em 2008, ele foi condenado por assalto à mão armada e sequestro de dois negociantes de memorabilia de esportes em Las Vegas. Ele foi libertado da prisão em 2017, depois de cumprir nove anos.