Pesquisadores da Ufac desenvolvem padrão para diagnosticar doença da paca no Acre

No Brasil, a maioria dos casos registrados são provenientes da região amazônica, principalmente dos Estados do Acre e Pará

Liliane de Souza Anadão, aluna do programa de mestrado em Sanidade e Produção Animal Sustentável na região amazônica, na Universidade Federal do Acre (Ufac), está conduzindo um estudo sobre a hidatidose policística, mais conhecida como doença da paca. O objetivo é entender como a doença se espalha e sua prevalência no Acre, além de desenvolver um método de diagnóstico molecular padrão no estado.

O trabalho ocorre sob orientação dos professores Francisco Glauco de Araújo Santos e Leandro Siqueira de Souza/Foto: Ufac

“A hidatidose é uma doença tropical negligenciada e endêmica na região Norte. Nosso objetivo é conhecer melhor os aspectos que favorecem o ciclo de transmissão, capacitar os profissionais da atenção primária à saúde e orientar a comunidade. Padronizar uma técnica para diagnóstico no Acre é um avanço para a ciência e para o diagnóstico da doença na região”, disse Leandro Siqueira de Souza, um dos orientadores de Liliane, ao site da Ufac.

O estudo é orientado pelos professores Francisco Glauco de Araújo Santos, da Ufac, e Leandro Siqueira de Souza, da Fiocruz. Eles pesquisam a frequência de infecção por ‘Echinococcus spp.’ em pacas (‘Cuniculus paca’) criadas por moradores de áreas rurais no Acre para consumo. A hidatidose policística é uma doença causada pelas larvas de tênias do tipo ‘Echinococcus vogeli’.

Saiba mais sobre a doença da paca

No Brasil, a maioria dos casos de hidatidose policística é observada na região amazônica, especialmente nos Estados do Acre e Pará. No ciclo de transmissão da doença, o cachorro-do-mato-vinagre e os cães domésticos atuam como hospedeiros definitivos do parasita, enquanto a paca e a cutia desempenham o papel de hospedeiros intermediários. 

A maioria dos casos registrados são provenientes dos Estados do Acre e Pará/Foto: Silvano LG

Esses dois roedores silvestres são frequentemente caçados e consumidos por moradores de comunidades rurais da região amazônica, contribuindo assim para a manutenção do ciclo de transmissão da hidatidose policística.

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