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Problemas familiares fazem Mailza não apoiar reeleição de prefeita no Acre pelo Progressistas

Por Matheus Mello, ContilNet

A atual prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes, do Progressistas, deverá enfrentar uma eleição sem um apoio de peso que teve em 2020: a vice-governadora Mailza Assis. Isso tudo será reflexo de desavenças familiares envolvendo as duas.

Acontece que nas eleições passadas, Mailza ainda era casada com o irmão de Rosana, o ex-prefeito do município, James Gomes, com quem tem 3 filhos. Ela foi peça chave na campanha que elegeu Rosana. Na época, Mailza ainda era senadora e colocou o mandato todo à disposição da cunhada. Menos de dois anos depois, o casamento dos dois acabou e a parceria política também. Logicamente, a separação também afetou a relação com Rosana.

Embora morando em Senador Guiomard, em entrevista exclusiva à coluna, Mailza confirmou que ficará fora da disputa das eleições deste ano no município. Além disso, a decisão de ficar ausente da disputa surge mesmo Rosana pertencendo ao partido de Mailza, o Progressistas, o que poderia salvar a relação das duas, o que não aconteceu.

Mailza ao lado de Rosana Gomes, nas eleições de 2020/Foto: Reprodução

“O Quinari é minha cidade, onde a minha vida política nasceu. Mas no Quinari eu procurei não participar. Deixei livre por conta das questões de família. Tenho o meu grupo lá, minha base política. Mas não vou entrar no enfrentamento, vou focar mais em Rio Branco”, disse a vice-governadora.

Mágoas

Senador Guiomard é a casa de Mailza. Foi lá que ela iniciou a carreira política. No município ela ocupou cargos nas Secretarias de Administração, Assistência Social e Cidadania. Ficar de fora das decisões políticas por lá demonstra o quanto a vice-governadora carrega mágoas da família Gomes. Ela, inclusive, retirou o sobrenome Gomes e passou a querer ser chamada pelo sobrenome de solteira: Assis.

Cavalaria

Se não tem o apoio de Mailza, a prefeita Rosana Gomes correu para garantir outros nomes fortes para apoiar sua reeleição. No ato de lançamento da candidatura, por exemplo, a prefeita teve ao lado dois senadores: Alan Rick e Marcio Bittar, além de cinco deputados federais, mais da metade da bancada federal, foram eles: Socorro Neri, Coronel Ulysses, Meire Serafim, Antônia Lúcia e Roberto Duarte.

No outro lado…

Na mesma hora, em outro lugar de Senador Guiomard acontecia o ato de filiação e lançamento da campanha de Gilson da Funerária, do PSD. A festa que lotou de público teve a presença do senador Sérgio Petecão e do deputado estadual André Vale. A candidatura de Gilson ainda terá o apoio do superintendente do Ministério da Pesca, Paulinho Ximenes. A ex-deputada Vanda Milani é outra que também estará no palanque de Gilson. Ela, inclusive, chegou a ser convidada para compor a chapa, como vice-prefeita.

Não é pouca coisa

Engana-se quem acha que Gilson é carta fora do baralho. Nas eleições de 2020 ele perdeu por menos de 500 votos. Dizem que a estratégia da candidatura dele neste ano será focar na Zona Rural do município, que concentra praticamente metade dos votos.

Racha na Tenda Amarela

Ainda falando em PSD, a decisão do senador Sérgio Petecão causou um racha no partido. Os dois deputados do partido, Eduardo Ribeiro e Pablo Bregense são fiéis à base do governador e vão seguir aquilo que Gladson ordenar. Eduardo, inclusive, correu logo para deixar o cargo de presidente da Executiva Municipal.

Articulador

É preciso tirar o chapéu para o deputado Gerlen Diniz. É um articulador político nato. Em apenas uma conversa conseguiu convencer o vereador Elvis Danny, que havia surgido com uma 3ª via, a desistir da candidatura e ser o seu candidato a vice na chapa que vai disputar as eleições em Sena Madureira.

Polarização

Com a saída de Elvis do jogo, Sena Madureira volta a ter uma eleição mais que polarizada. Em 2020, o município teve apenas dois candidatos: Gerlen e o atual prefeito Mazinho Serafim, que saiu vencedor. Agora o jogo é o mesmo, mas com peças diferentes. Gerlen disputa o cargo mais uma vez, agora enfrentando o sucessor de Mazinho.

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