Policiais militares suspeitos de agredir e torturar um colega de farda durante o curso de formação do Batalhão de Choque foram presos na manhã desta segunda-feira (29/4), no Distrito Federal.
Integrantes da 3ª Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar (PMDF) acompanharam o cumprimento de 15 mandados de prisão. Até as 11h, 13 já haviam sido detidos e outro suspeito se comprometeu a se apresentar com o advogado na Corregedoria da PMDF.
A medida ocorreu após Danilo Martins, de 34 anos, denunciar que foi agredido na última segunda-feira (22/4) por um grupo de soldados da PMDF. O participante do curso afirmou que as agressões (foto em destaque) tiveram início após ele se recusar a desistir da formação.
Veja imagens:
Ao Metrópoles o promotor de Justiça Flávio Milhomem, titular da 3ª Promotoria de Justiça Militar do Distrito Federal, afirmou que entrou com pedido de medidas cautelares e prisão dos militares que integravam a composição do curso de Patamo na última sexta-feira (26/4), após a instauração do inquérito policial militar (IPM).
“A juíza deferiu os pedidos na noite de sexta-feira e os mandados de prisão e busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta segunda”, pontou Milhomem.
“Também pedimos a apreensão de celulares, a suspensão do curso enquanto durar a investigação, e o afastamento cautelar do comandante do Batalhão de Choque”, afirmou o promotor.
Os militares presos ficarão detidos no 19º Batalhão da PM, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. “Há a suspeita da prática de tortura. Vamos aguardar a finalização do IPM para que o MPDFT possa oferecer denúncia e pedido de ação penal, caso as agressões e tortura sejam confirmadas.”