Dados do Observatório em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde do Acre, analisados pelo ContilNet nesta quarta-feira (24), revelam que Rio Branco tem apenas um leito de UTI Adulto disponível.
O único leito adulto disponível na capital fica na Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), que tem ao todo 18 leitos instalados.
No Pronto Socorro de Rio Branco, todos os 27 leitos estão ocupados. A mesma situação é a do Hospital Santa Juliana, com todos os 20 leitos utilizados.
Em relação ao interior do estado, em Cruzeiro do Sul, no Hospital Regional do Juruá, dos 10 leitos de UTIs, apenas metade, 5, estão disponíveis.
Se levar em consideração a soma total dos leitos de UTIs no Acre, dos 75 montados, apenas 6 estão disponíveis.
O secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, já havia dito em entrevista ao ContilNet que a maioria dos casos de ocupação de leitos na UTIs está relacionada a politraumas (provocados por acidentes de trânsito, especialmente), infecções não relacionadas ao aparelho respiratório e síndromes respiratórias.
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“Nós abrimos 18 novos leitos pensando nesse cenário, sabendo que em determinado momento nós teríamos essa sobrecarga. Nos planejamos ao que iria acontecer, que o cenário epidemiológico estava mostrando”, diz.
SRAG no Acre
O Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fez um alerta para o crescimento do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e influenza A, o vírus da gripe. O estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 15 de abril, referente à Semana Epidemiológica (SE) 15, entre 7 e 13 de abril.
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A atualização mostra que, no agregado nacional, há sinal de crescimento nas internações tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas).
No último boletim, 20 estados apresentam sinal de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo, inclusive o Acre.
Entre as capitais, 19 mostram indícios de aumento: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP).