Num processo que corre junto com a campanha política, o primeiro dia de julgamento do ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump foi suspenso às 16h30 (17h30 pelo horário de Brasília), nesta segunda-feira (15/4). Trump responde à acusação de um suposto suborno à atriz pornô Stormy Daniels em 2016.
Os primeiros dias do julgamento são marcados pela escolha do juri, que será composto por doze jurados e seis suplementes. Nesta segunda, nove potenciais jurados foram interrogados. Assim que os 9 responderam a um questionário e foram orientados pelo juiz a não passarem informações a terceiros e nem conversarem entre si, o julgamento foi suspenso e será retomado na terça-feira (16/4) às 9h30 (10h30 no horário de Brasília).
Os jurados deverão responder a um questionário feito pelo juiz com informações do Ministério Público de Manhattan e da defesa de Trump. Ao final do questionário, lerão suas respostas em voz alta e responderão perguntas da defesa para analisar se possuem algum comprometimento que os impeça de participar.
Foram escutados 96 possíveis jurados, porém mais da metade foi dispensada após afirmarem que não poderiam ser imparciais ou justos. Nove outros ganharam dispensa após levanterem a mão quando o juíz perguntou se não poderiam participar do julgamento por alguma outra razão.
Com o argumento de que o estado de Nova York não poderia oferecer jurados justos, pelo fato de ser um estado onde democratas são mais votados, os advogados de Donald Trump tentaram mudar o local do julgamento, o que foi negado.
Trump em corte
Donald Trump manteve-se em silêncio, levantando-se apenas quando foi apresentado como réu, sorrindo aos possíveis jurados.
Ao fim da sessão, o ex-presidente afirmou que está sendo submetido a um “julgamento fraudulento” e uma “caça às bruxas política”.
O julgamento ocorre em meio a corrida presidencial dos Estados Unidos, em que Trump será o representante do partido Republicano contra o democrata Joe Biden, nas eleições previstas para o dia 5 de novembro.