Os aúdios mostram Tyson dizendo: “Eles estão tentando me matar”, assim que os policiais entram em um bar. Na sequência, a imobilização começa, e o homem é jogado no chão, algemado por um dos agentes, enquanto o outro pressiona o joelho no pescoço de Tyson.
O caso relembra dois outros incidentes semelhantes ocorridos nos EUA em que homens negros foram mortos por asfixia em abordagens policiais, alertando que não conseguiam respirar.
O primeiro deles ocorreu em 2014 na cidade de Nova York com Eric Garner. O segundo foi o assassinato de George Floyd, em 2020, pelo policial Derek Chauvin, em Minneapolis.
A morte de George Floyd se tornou o motivador dos protestos de abusos policiais contra a população negra — Black Lives Matter —, em que a frase “I can’t breathe” se tornou slogan.
O canal de TV CBS revelou que, durante a imobilização de Frank Tyson, os policiais brincaram com outras pessoas do estabelecimento e, após cinco minutos, um deles pergunta se o homem “se acalmou” e recebe a resposta: “Ele deve ter desmaiado”. Mais alguns minutos se passam, e os agentes percebem que Tyson está imóvel. Nesse momento, iniciam a massagem cardíaca, sem sucesso.
Frank Tyson chegou a ser levado ao hospital, mas foi declarado morto uma hora depois de dar entrada no pronto-socorro.
A CBS acrescentou que Frank tinha saído da prisão pouco tempo antes, em 6 de abril, depois de cumprir 24 anos de detenção por envolvimento em um caso de sequestro e roubo.
Ele estava na lista de violadores de liberdade condicional, pois não se reportou a nenhum oficial de Justiça.
A impresa norte-americana reportou que os policiais foram ao local por um suposto acidente de carrro e que uma pessoa que passava na rua disse que o responsável estava em um bar de veteranos.
Segundo nota da Polícia de Canton publicada no último dia 19, “pouco após a detenção”, os policiais “perceberam que Tyson ficou irresponsivo”, e deram doses de naxolona, medicamento para depressão respiratória, antes da chegada das equipes médicas.
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