Embora haja esforços para reduzir a pobreza no Brasil, cerca de 59,2 milhões de pessoas, correspondendo a 27,5% da população, ainda vivem abaixo da linha de pobreza em 2023. Um relatório da taxa de pobreza divulgado na última sexta-feira (10), mostra que o Acre é o segundo estado mais pobre do Brasil.
Em 2023, houve uma queda significativa na pobreza em 26 estados, com exceção do Acre, que registrou um aumento de 0,4 ponto percentual. O destaque foi o Amapá, que teve uma redução de 14,8 pontos percentuais, seguido por Roraima e Amazonas, com -9,50 e -9,30, respectivamente.
Os dados, provenientes da PNAD Contínua 2023 do IBGE e analisados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), revelam que 8,6 milhões de pessoas saíram da condição de pobreza monetária. No entanto, esse número representa uma diminuição em relação a 2022, quando 31,6% estavam nessa situação.
Dados da pobreza
Todos os estados do Brasil enfrentam algum nível de pobreza. O Maranhão tem a maior taxa, com 51,6%, embora tenha havido uma redução em relação a 2021, seguido pelo Acre. Por outro lado, Santa Catarina apresenta a menor taxa, com 11,6%.
A pandemia contribuiu para o aumento da pobreza, com 11,6 milhões de pessoas entrando nessa condição entre 2020 e 2021. Em 2021, a taxa de pobreza atingiu um recorde de 36,7%, mas diminuiu para 31,6% em 2022.
Considerando os parâmetros do Banco Mundial, que estabelece a linha de pobreza em US$6,85 por dia, estima-se que a população vivendo com até R$664 por mês esteja abaixo dessa linha. A taxa de pobreza de 2023 (27,5%) é semelhante à de 2012 (27,3%).