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Adolescente que criou vaquinha falsa para o RS morava em cobertura de luxo

Por NSC Total

Um adolescente de 16 anos é suspeito de criar vaquinha falsa para ajudar os atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A Polícia Civil gaúcha cumpriu três mandados de busca e apreensão no imóvel onde o garoto mora, em Balneário Camboriú. Durante a operação, batizada de Dilúvio Moral, foram recolhidos computadores, celulares e equipamentos eletrônicos.

Agentes recolherem celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos/Foto: PCRS/Divulgação

O adolescente não foi apreendido. A polícia diz que ele também gerenciava sites falsos, que ofereciam produtos com valores abaixo do mercado. Porém, os itens nunca eram entregues aos consumidores. Além dele, outras duas pessoas são investigadas por estelionato e lavagem de dinheiro. O caso está entre vários golpes apurados em meio à tragédia que atinge o Rio Grande do Sul, alguns até envolvendo a Havan.

Cerca de R$ 1 milhão foi bloqueado pela Justiça em contas ligadas ao investigado, que se apresenta nas redes sociais como “Dr. Money”. Ele, aliás, afirma ter atingido o primeiro milhão aos 15 anos de idade e ostenta uma vida de alto padrão nas redes sociais, publicando fotos e vídeos em imóveis de luxo. No que foram cumpridos os mandados, o garoto pagava aluguel de R$ 30 mil ao mês.

Como era feita a fraude

Segundo a polícia gaúcha, foi criado um site falso como sendo do governo do estado gaúcho. A partir dali, os usuários eram direcionados para uma nova página fake, desta vez simulando o website de vaquinha, em que se divulgava uma suposta campanha de arrecadação de doações. A página, inclusive, era impulsionada pelas redes sociais, para atingir o maior número possível de pessoas.

Para dar aparência de licitude à página, o layout foi adulterado a fim de mostrar que a “campanha” já teria acumulado mais de R$ 2,7 milhões. Entretanto, conforme a investigação, se tratava de um valor fictício, sendo mais um artifício para induzir o usuário a erro.

Na página simulada, era divulgado um QR Code, gerado por uma espécie de loja virtual, que permitia o pagamento via Pix. A partir de então, o valor da suposta contribuição era redirecionado da loja virtual para um sistema que intermedia pagamentos e assim o valor ia para o local indicado pelo golpista, sustenta a apuração da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Ainda de acordo com o inquérito, o valor na verdade era repassado para uma empresa de treinamentos e serviços, cujo sócio proprietário é o adolescente de Balneário Camboriú. Assim, o valor era captado pelo golpista com aparência de licitude, uma vez que simulava a “venda” de um produto ou serviço oriundo da empresa dele.

 

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