Momentos após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir, por unanimidade de seus sete ministros, absolver o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), na terça-feira à noite, em Brasília, o senador acreano Marcio Bittar, também do União Brasil, comentou a decisão do colegiado.
Segundo ele, a absolvição abre uma janela para o distencionamento político entre as forças antagônicas existentes no país na atualidade, os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o petismo contra os bolsonaristas e outras forças de Direita comandadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com Marcio Bittar, o país vem tensionado entre essas duas forças muito antes da campanha eleitoral de 2022, na qual as forças representadas por Bolsonaro tiveram praticamente 50 por cento dos votos, e que, com a volta de Lula ao poder, só se acentuou. “A manutenção do mandato do senador, é um recado do TSE de bom senso”, definiu
Marcio Bittar acrescentou que, gostando-se ou não das ações de Moro no passado como juiz da Operação Lava Jato, “ainda que possa ter havido algum exagero, é certo que suas ações visaram e combateram muitos casos de corrupção”. Provas disso – acrescentou o senador – é que bilhões de reais de recursos públicos surrupiados das estatais foram recuperados e muitos corruptos até confessaram seus crimes.
“Portanto, cassar o mandato do senador num momento em que alguns condenados voltaram ao centro do poder, que alguns até já disseram ser a volta à cena dia crimes, com a devolução de dinheiro roubado dos cofres públicos e devolvido a quem os roubou e a concessão de liberdade a quem confessou crimes, seria algo muito feio”, disse. “Espero que a manutenção deste mandato nos permita uma oportunidade para que os ânimos sejam serenados e que voltemos à normalidade”, acrescentou.