Começa nesta segunda-feira (27) a campanha de vacinação contra a poliomielite no Acre. A expectativa da Secretaria de Estado de Saúde é de aplicar pelo menos 60 mil doses, em crianças de 1 a 4 anos de idade.
Ao ContilNet, a coordenadora do Plano Nacional de Imunização do Acre (PNI/AC), Renata Quiles, explicou que esta será a última campanha contra a poliomielite aplicada em gotinhas, ou seja, via oral.
“Devemos convidar todos os responsáveis a levarem seus filhos a receberem as gotinhas nesta Campanha, pois será a última campanha com a gotinha, em setembro ela saíra do Calendário de vacinação entrando uma vacina mais completa no seu lugar porém, é furadinha”,explicou.
A coordenadora disse ainda que todas as unidades de Saúde do Acre já estão aptas a aplicar a vacinação contra a doença.
A recomendação foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), ainda em 2023, que considerou as novas evidências científicas para proteção contra a doença.
A atualização não representa o fim imediato do imunizante na versão popularmente conhecida como “gotinha”, mas um avanço tecnológico para maior eficácia do esquema vacinal, que será feito após um período de transição.
Mais sobre a nova vacina
Em relação aos imunizantes contra a poliomielite, a indicação foi para que o Brasil passe a adotar exclusivamente a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) no reforço aos 15 meses de idade, que atualmente é feito com a forma oral do imunizante. A VIP (injetável) já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de transição que começa em 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina irão tomar apenas um reforço com a VIP (injetável) aos 15 meses.
A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio. A atualização considerou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989 não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em todo o Brasil, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95%. Por isso, a mobilização para retomar as altas coberturas vacinais do país, que já foi referência internacional, é fundamental.
A doença