O Palácio correu para aprovar na Assembleia Legislativa, em tempo recorde, o projeto de lei que criou a Secretaria de Relações Federativas. A pasta foi a solução encontrada pelo governo para abrigar o União Brasil e firmar a aliança Bocalom e Alysson. A secretaria criada deverá ser chefiada pelo deputado federal Fábio Rueda. Mesmo com uma ampla votação na Casa a favor do projeto enviado por Gladson, um voto entre 4 contrários chamou a atenção: o do deputado estadual Tanízio Sá, do MDB.
Tanízio é um dos principais defensores do governador Gladson Cameli na Aleac e sonhava com a aliança Alysson Bestene e Marcus Alexandre. Ele, inclusive, chegou a articular reuniões entre o Progressistas e o MDB, tentado fazer com que Alysson fosse o vice-prefeito na chapa do ex-petista. O que não aconteceu.
Porém, a votação da criação revelou que Tanizio começa a dar sinais de insatisfação com as decisões do Palácio e pode resultar em uma possível debandada da base. Ele foi o único apoiador de Gladson a se juntar ao temido trio da Oposição – Jarude, Edvaldo e Michelle -, no grupo que rechaçou a criação da Secretaria para acomodar o União Brasil.
Sem dificuldades
A votação na Aleac ainda foi crucial para revelar o que todos nós sabemos: não adianta a pequena Oposição espernear, debater, trazer dados, questionar … Gladson consegue aprovar o que bem quiser na Aleac. Sem dificuldade nenhuma.
Puxadinho do Palácio
A base governista de Gladson é uma das maiores das últimas legislaturas. Dos 24 deputados, pelo menos 18 são da base. Tratora absolutamente tudo que a Oposição propõe.
Cara a tapa
Os únicos deputados da base que ainda colocam a cara a tapa para defender o governo são: Manoel Moraes (líder), Eduardo Ribeiro, Pedro Longo e Tadeu Hassem. O restante só aprece para votar a favor dos projetos enviados pelo Palácio para não perder os cargos.
Faz a fila
Dizem fontes dos corredores da Aleac que não é só Tanizio o deputado da base de Gladson inconformado com a união Bocalom/Alysson. Muitos defendiam que o Progressistas deveria ter candidatura própria. Só não vão ser contrários para não contrariar uma decisão de Gladson.
Zero preocupação
Um apoiador de Sérgio Petecão disse a coluna que a união entre Alysson e Bocalom não preocupou o senador, que esperava a vinda do Progressistas para a aliança com o MDB.
“Quem perdeu foi eles”, teria dito o senador.
Raridade
Petecão merece destaque por ser um político que sempre mantém a palavra e os acordos. Raramente o senador vira notícia por recuar de uma decisão ou mudar de opinião bruscamente. Uma qualidade rara na política atual.
Todos no mesmo palanque
O MDB em Brasileia vai conseguir unir partidos de esquerda (PT e PCdoB) com o grupo da deputada Maria Antônia e do ex-prefeito Dêda. Todos subirão ao palanque de Leila Galvão.
Apenas repassando
Uma fonte disse a coluna que Rodrigo Damaceno, candidato a prefeito pelo Progressistas em Tarauacá não deverá conseguir concorrer ao cargo e terá a candidatura embargada. Se isso realmente acontecer, o caminho fica mais fácil para a atual prefeita Maria Lucineia, que vai enfrentar uma reeleição complicada. Damasceno lidera as últimas pesquisas.
Alerta petista
Falando em PT, nesta semana o ex-governador Jorge Viana se reuniu com a chapa de candidatos a vereador do partido em Rio Branco. JV estaria preocupado com o futuro do partido na Câmara da capital.