Com mais de 300 objetos, Museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré será inaugurado neste sábado

O ingresso, gratuito, deve ser adquirido na plaforma Sympla. Veja as normas para ter acesso ao Museu

Instalado em uma área de 500 metros quadrados às margens do Rio Madeira e com mais de 300 objetos, o Museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré será inaugurado neste sábado (4).

Durante 90 dias, o Museu será gerido pela Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur). A visitação ocorrerá mediante inscrição na plaforma Sympla. O horário de funcionamento será das 10h às 18h (quarta à sábado) e das 10h às 16h (aos domingos). O acesso é gratuito. O objetivo é resgatar e preservar a memória da ferrovia construída no início do século XX e o ciclo da borracha na região amazônica. A estrada de ferro ficou historicamente conhecida como “Ferrovia do Diabo”, devido aos desafios de sua implantação.

Museu da EFMM abre neste sábado/Foto: Semdestur

O espaço, instalado em dois galpões totalmente renovados, proporciona uma experiência interativa, dinâmica e acessível por meio de atividades educativas e exposições permanentes e temporárias.

O Museu é parte de um investimento maior na revitalização do Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que inclui ainda um espaço para eventos, um mezanino com vista para o rio, além de área externa que oferecerá serviços à população, como restaurantes e um estacionamento.

O investimento total no Complexo foi de R$ 30 milhões, incluindo o museu, e a área de 115 mil metros quadrados recebeu intervenções em vários espaços públicos.

Curadoria e Estações Temáticas

A curadoria do acervo para o Museu contou com o trabalho de pesquisadores, produtores, executores, técnicos e estudantes da comunidade acadêmica de Porto Velho, para seleção, identificação e tratamento de itens históricos. Dessa forma, foi possível criar uma narrativa que se inicia nos primeiros exploradores, passa pela consolidação da estrada de ferro e viaja até os dias atuais.

A exposição é dividida em quatro estações temáticas, nas quais a história é contada por assuntos que se complementam e ajudam a explicar a passagem do tempo.

Estão expostos mais de 300 objetos, entre os quais 200 reproduções fotográficas, 25 metros quadrados de maquetes, vídeos, elementos interativos e 33 réplicas para acessibilidade de pessoas com deficiência visual. Além disso, toda área expositora tem o apoio de áudio descrição, fotografia em alto relevo, tradução em libras e leituras em braile.

Entre os destaques da mostra estão conteúdos sobre o meio ambiente que explicam os desafios para construção da ferrovia em meio à selva amazônica e a história dos povos originários, ribeirinhos e seringueiros, suas lutas e resistência, hábitos e produção cultural. Também estará exposta a primeira locomotiva que cruzou a estrada de ferro, chamada Coronel Church, que foi restaurada para a exposição.

O público poderá passear ainda por painéis, recortes e mapas da cidade, monumentos e marcos históricos, além de conferir objetos da estrada de ferro encontrados nos estudos arqueológicos feitos na região, como garrafas de mais de cem anos de existência, peças de medição, ferramentas de manutenção e um tacho de borracha original dos anos 1940 em perfeito estado de conservação.

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