O Brasil registrou um número recorde de incêndios florestais entre janeiro e abril de 2024, com mais de 17 mil focos identificados, com maioria na Amazônia. Contrariando o cenário nacional, o Acre registrou apenas 25 focos neste período.
Segundo o Valor Econômico, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) atribuiu o aumento das queimadas aos efeitos das mudanças climáticas, que agravam as secas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 17.182 focos, segundo os dados consultados pelo ContilNet neste sábado (11). Os dados já bateram o recorde desde quando os dados começaram a ser compilados, em 1998. O recorde anterior era de 2003, quando ocorreram 16.888 incêndios. Apenas nos primeiros 11 dias de maio, o Brasil já registrou 2.064 focos de incêndios.
Na Amazônia brasileira, que abriga mais de 60% da maior floresta tropical do mundo, o Inpe contabilizou 8.977 incêndios nos primeiros quatro meses, sendo o maior número desde 2016.
Roraima é o líder de focos de incêndios, com 4.609 queimadas, seguido do Mato Grosso, com 4.131 focos. O terceiro lugar vai para o estado do Pará, com 1.058 focos.
Pulando para o 6º lugar, está Maranhão, com 809 focos, já Tocantins, que está em 8º lugar, com 522 focos. Em 13º está o Amazonas, com 368 incêndios. Já Rondônia ocupa o 15º lugar no ranking, com 214 registros.
O Acre aparece em 25º lugar, com 25 focos, representando apenas 1% de todos os incêndios registrados no país. O Amapá, que também faz parte da Amazônia Legal, ocupa o último lugar, com 6 focos.
Queimadas no Acre
A estiagem no Acre é o período em que o número de queimadas começam a aumentar, pois a seca contribui para o aumento de áreas atingidas pelo fogo. Mesmo com a seca severa que atingiu o Acre em outubro de 2023, comparado ao mesmo período de 2022, o estado conseguiu reduzir em mais de 50% o número de focos de queimada.
Em setembro de 2022, de acordo com o BD Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Acre registrou 6693 nos 30 dias. Já em setembro de 2023, o mês fechou com 3075 focos de queimadas. Ou seja, uma redução de 54% no mesmo período, que é conhecido justamente pelo agravamento da seca e da estiagem, o que facilita os registros de queimadas.
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Mesmo com os números baixos até abril de 2024, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima decretou estado de emergência durante oito meses em decorrência das queimadas que devem aumentar a partir de julho no Acre.